SÃO PAULO. As demissões nas indústrias do setor elétrico e eletrônico continuaram no mês de abril, com a dispensa de 1.607 trabalhadores. De acordo com balanço da Abinee, associação que reúne as empresas do setor, embora o ritmo de cortes de postos tenha desacelerado em relação a março (quando 2,85 mil pessoas haviam sido dispensadas), o total de postos fechados nos quatro primeiros meses do ano já chega a 7 mil.
De acordo com o presidente da Abinee, Humberto Barbato, esse número já é quase duas vezes maior que as projeções da entidade para todo o ano de 2016, que previa o corte de 4 mil postos. Assim, tomando-se os últimos 12 meses, os fabricantes de equipamentos elétricos e eletr|ônicos já acumula perdas de 48 mil postos de trabalho.
O total de trabalhadores empregados no setor caiu de 284,5 mil, em maio de 2015, para 241 mil no final do mês passado — patamar de empregos que o setor tinha dez anos atrás, em 2006.
— A indústria elétrica e eletrônica vem operando com capacidade ociosa média de 40%, mas esperamos que haja uma estabilização no nível de demissões nos próximos meses — prevê o presidente da Abinee.