Cotidiano

Mais de 10 mil imigrantes morreram no Mediterrâneo desde 2014, diz ONU

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NOVA YORK ? Desde 2014, mais de 10 mil pessoas morreram na tentativa de atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa, anunciou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). O índice evidencia a gravidade da crise migratória que atinge o continente. Muitas pessoas deixam seus países e enfrentam travessias perigosas em embarcações clandestinas na busca por abrigo em países seguros. refugiados

Em 2014, cerca de 3,5 mil pessoas morreram no Mediterrâneo e outras 3,7 mil no ano passado. Já em 2016, foram registradas 2,8 mil mortes, segundo a agência da Organização das Nações Unidas (ONU).

Desde 2014, o número de vítimas fatais no Mediterrâneo não para de aumentar, segundo o porta-voz. Nos últimos dias, a marca de 10 mil mortos foi superada.

?O número de mortes no Mediterrâneo em 2016 supera em quase 1 mil pessoas o balanço do primeiro semestre de 2015, mas ainda faltam três semanas para o fim do primeiro semestre de 2016?, afirmou a OIM em um comunicado.

A organização também revelou detalhes sobre o naufrágio na semana passada de um barco de migrantes na costa de Creta. De acordo com a OIM, testemunhas afirmaram que ao menos 648 estavam a bordo da embarcação e 320 permanecem desaparecidas.

Na ocasião, cerca de 250 pessoas foram resgatadas, em uma grande operação no sul do Mediterrâneo. O incidente foi o terceiro em uma semana que envolveu resgate ou chegada de imigrantes à ilha.

A mídia grega relatou que o barco de madeira em que os imigrantes viajavam começou a encher de água durante a travessia. A polícia não precisou se o barco, que saiu da Turquia, segundo os passageiros, dirigia-se à Itália ou se havia mudado a rota para chegar à Grécia evitando patrulhas.

Centenas de milhares de pessoas, na maioria refugiados sírios, cruzaram o curto, porém perigoso, corredor marítimo da Turquia à Grécia no ano passado em pequenos barcos infláveis ou de madeira, mas a rota foi fechada após um acordo da Turquia com a União Europeia (UE) em março.