Buenos Aires – Arquirrivais argentino que vivem clima de decisão, River Plate e Boca Juniors iniciaram ontem na Espanha a preparação para a final da Libertadores, que vai ser disputada domingo no Estádio Santiago Bernabéu, em Madri, sob forte esquema de segurança, após os incidentes em Buenos Aires que provocaram a mudança de local.
Depois de duas semanas de controvérsia e incertezas sobre como e onde seria decidida a final da competição, Boca e River já estavam instalados na capital espanhola e com os primeiros treinamentos programados. Mesmo a milhares de quilômetros de Buenos Aires, a segurança do encontro segue sendo questão central para a realização do confronto. Um líder da torcida organizada do Boca Juniors foi deportado para a Argentina ao chegar à cidade.
Diante do decisivo encontro de domingo, com muitos dos 81 mil ingressos reservados para a abundante comunidade argentina que mora na Espanha, os comandados de Guillermo Barros iniciaram a preparação nas instalações da federação espanhola em Las Rozas, no noroeste de Madri.
Sob um sol de inverno, os xeneizes realizaram um trabalho tático em meio campo e depois seguiram para exercícios de chute à gol. Aproximadamente trinta torcedores acompanharam a atividade subindo as grades que rodeiam o local.
Já o River Plate aterrissou no aeroporto de Barajas pela manhã e no fim da tarde realizou uma atividade no centro de treinamento do Real Madrid, em Valdebebas.
A Conmebol rejeitou, ontem, a apelação do Boca Juniors para que o River Plate fosse excluído da final da Libertadores e o título, consequentemente, fosse lhe atribuído. No fim de novembro, o clube apelou da decisão do Tribunal Disciplinar da entidade, que desprezou o pedido de exclusão do rival. À época, o Boca emitiu um comunicado dizendo que, se sua apelação não prosperasse, buscaria a resolução do Tribunal Arbitral do Esporte.