WASHINGTON ? Criticado até por aliados após o vazamento de novas declarações sexuais polêmicas, o candidato republicano Donald Trump tentou durante o debate com sua rival, Hillary Clinton, contra-atacar. Na plateia, estavam três mulheres que durante anos acusaram o ex-presidente Bill Clinton de abuso sexual e Hillary, de acobertá-lo. Uma quarta mulher presente criticou Hillary por ter defendido, como advogada, o homem que a estuprou.
? Estas quatro mulheres supervalentes me pediram para estar aqui ? disse Trump, ao apresentar o grupo em um ato não programado durante o segundo confronto entre os candidatos, na noite de domingo.
Em uma breve declaração na qual relembraram os seus casos, Paula Jones, Juanita Broaddrick e Kathleen Willey manifestaram apoio a Trump. Nenhuma das acusações de abuso sexual contra Bill Clinton chegou ao tribunal.
A denúncia de Paula Jones é mais conhecida, pois jogou luz ao mais grave escândalo da presidência Clinton: o da estagiária Monica Lewinsky. No caso de Paula, as duas partes acabaram fazendo um acordo extrajudicial que envolveu o pagamento de US$ 850 mil, de acordo com o jornal ?El País?.
? Estou aqui para apoiar Trump porque ele vai fazer os Estados Unidos grande outra vez, é uma boa pessoa, e não Hillary ? disse Paula a repórteres pouco antes do debate.
? As ações falam mais alto que palavras. Trump pode ter dito algumas palavras, mas Bill Clinton me estuprou, e Hillary Clinton me ameaçou ? disse Juanita Broaddrick, que afirma que Bill Clinton a estuprou em 1978 em Arkansas.
A quarta participante, Kathy Shelton, diz ter sido estuprada quando tinha 12 anos. Hillary defendeu seu agressor como advogada e conseguiu que a sentença fosse substancialmente reduzida. De acordo com Kathy, isso mostra que a democrata não tem dedicado a sua vida, como ela diz, a defender mulheres e crianças.
Hillary sustenta que não defendeu o agressor de forma voluntária. Segundo ela, foi o juiz que a obrigou a assumir o caso.