Praça da Bíblia volta a ser banhada de sangue

Cascavel – Um local que era para ser de lazer virou uma verdadeira praça de guerra em Cascavel. A Praça da Bíblia, localizada em pleno centro da cidade, nas imediações da Prefeitura, foi palco de mais um assassinato na madrugada de ontem. Natanael Cardoso, de 34 anos, foi morto com uma facada no peito após uma discussão ocorrida por volta das 4h30.

Segundo informações coletadas junto algumas pessoas que estavam no local pela Delegacia de Homicídios de Cascavel, Natanael e alguns amigos estavam bebendo no local e começaram a discutir. Em seguida, ele foi ferido de morte.

O corpo foi encontrado cerca de duas horas depois embaixo de um banco, já enrijecido. Imagens do videomonitoramento da Prefeitura devem auxiliar a polícia na elucidação do crime. Algumas delas, inclusive, mostram policiais civis abordando alguns jovens logo após a confusão.

Na praça, que nos últimos dois anos foi palco de pelo menos dois homicídios e inúmeras tentativas, a concentração de pessoas durante os fins de semana é enorme. Este jornal flagrou vários motoqueiros, dez pelo menos, acelerando o que podiam, empinando as motos, furando o sinal, circulando sobre o passeio público e cortando a frente de outros veículos sem qualquer cerimônia em uma via extremamente movimentada.

Descaso

Em um dos casos, uma viatura da Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito) que passava pelo local quase foi “atropelada” pelos fanfarrões. Os fiscais, por sua vez, não pararam e nem advertiram os baderneiros.

O Paraná monitorou o movimento neste trecho por pelo menos duas semanas e o que flagrou foi um verdadeiro “espetáculo” de desrespeito e falta de fiscalização.

“Chamei a polícia por volta das 23h30, fiquei cuidando e a viatura chegou quase meia-noite e meia. Os policiais pararam com o veículo em frente à distribuidora de bebidas, que fica na esquina, conversaram com alguém da distribuidora, passaram bem devagar pelo ‘bobódromo’ onde centenas de pessoas estavam, poucos minutos depois acionaram a sirene e foram embora sem nenhum tipo de advertência. Nem preciso falar que os policiais mal tinham saído e a algazarra retornou ainda pior e foi assim até umas 4h”, comentou uma moradora do entorno.