WASHINGTON ? Um grupo de democratas pediu ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que a nomeação de seu genro para assessor de alto escalão durante seu mandato na Casa Branca seja revista por preocupações de nepotismo e conflitos de interesses. Um grupo de legisladores quer que o Departamento de Justiça e o Departamento de Ética Governamental examinem ?questões legais? relacionadas à indicação de Jared Kushner. O advogado do genro diz que o posto não viola as leis contra o nepotismo.
Segundo a imprensa americana, a posição tornaria Kushner uma das pessoas mais influentes no círculo de aliados próximos de Trump no governo. Aos 35 anos, ele é casado com Ivanka Trump, filha do presidente eleito, e tem a sua própria fortuna, estimada em US$ 200 milhões. O milionário já estaria organizando os detalhes para nomear a sua própria equipe no governo.
De acordo com o ?New York Times?, Kushner e Ivanka compraram recentemente uma casa em Washington, e o genro do presidente eleito já se afastou do cargo de diretor-executivo do conglomerado empresarial de sua família.
Além de potenciais acusações de nepotismo, Kushner terá que lidar com um possível conflito de interesses porque atualmente há negociações em curso entre os Kushner e investidores chineses ligados ao regime comunista, advertiu o “NYT”. Uma lei de 1967 proíbe funcionários públicos em agências e escritórios do governo de contratarem familiares, inclusive genros e noras. Alguns advogados especializados, no entanto, afirmam que, juridicamente, a Casa Branca estaria isenta do alcance da lei.