RIO – Em linha com o mercado internacional, o dólar comercial abriu em ligeira queda e chegou a R$ 3,19, dando continuidade ao movimento de ontem e ainda repercutindo a emissão da Petrobras, que trará um grande volume de moeda estrangeira ao país. Após poucos minutos, a divisa praticamente zerou as perdas e passou o operar com estabilidade, a R$ 3,198. No mercado internacional, a divisa tem leve queda, de 0,09%, contra uma cesta de moedas globais, conforme o Dollar Index Spot, da Bloomberg.
Ontem, a moeda americana fechou com depreciação de 0,77%, a R$ 3,198, menor valor desde 8 de novembro, pressionada por um fluxo moderado de investimentos estrangeiros e pelo anúncio de uma emissão de bônus da Petrobras para recompra de US$ 2 bilhões.
Na Turquia, a lira caiu 1,5% chegou a mínima histórica contra o dólar, enquanto o Parlamento debate emendas constituicionais que dariam ao presidente Recep Tayyip Erdogan amplos poderes e poderiam limitar os equilíbrios de poder. Nesta manhã, a cotação foi a 3,7779 por dólar, contra 3,63 da véspera. Desde o início do ano, a moeda acumula depreciação de 7%.
A ansiedade em relação ao futuro do Reino Unido, em processo de retirada da União Europeia, e às diretrizes da política econômica de Donald Trump dão o tom aos mercados hoje. Os investidores abriram os negócios com apetite por risco, após a queda, ontem, de quase 4% do petróleo ? a maior desvalorização diária em seis semanas, puxada pelo anúncio de aumento das reservas do Irã e da produção americana ?, e o dólar cai contra uma cesta de moedas.
?Os mercados estão cada vez mais nervosos em relação à entrevista coletiva que Donald Trump concederá amanhã. Para os mercados de câmbio, será particularmente importante verificar quais são os planos dele para a política de comércio exterior, para as rerlações com a China?, disse Esther Reichelt, estrategista de câmbio do Commerzbank em Frankfurt.