Cotidiano

Primeira aventura de Tintim ganha cores e cria polêmica entre especialistas

5061069_6_22e8_2017-01-11-6add16c-31055-mkkbuc-137i418aor_cd8bc895a9efd2c834.jpgSÃO PAULO – A editora Francesa Casterman e a empresa Moulinsart, que detém os direitos da obra do quadrinista Hergé (1907-1983), lançou nesta quarta a inédita versão colorizada de “Tintim no país dos sovietes”. O lançamento dividiu fãs, colecionadores e especialistas.

O jornal francês “Le Monde” publicou uma reportagem ouvindo um especialista a favor da colorização e outro contra a iniciativa. Philippe Goddin, que apoia a colorização, disse não se tratar de “uma traição, uma vez que apresenta o projeto original livre de suas correções mecânicas e preservado dos estragos do tempo”. Para Yves Frémion, que se opõe à mudança, a iniciativa viola os direitos morais do artista morto: “Hergé devia se manifestar de sua tumba irado, assim como seus fãs”.

A primeira aventura do jovem repórter e do cachorro Milu foi publicada originalmente entre 1929 e 1930 no “Le Petit Vingtième”,6 suplemento juvenil do jornal belga “Vingtième Siècle”. Antes da Segunda Guerra foi editada em livro uma vez, e só voltou a ser publicada em 1973.

Na história, que começou a ser publicada no dia 10 de janeiro de 1929, Tintim e Milu viajam à Rússia para investigar o regime soviético. A dupla consegue escapar das armadilhas e dos atentados que os bolcheviques, pintados como grandes vilões por Hergé, preparam para eliminá-los.

No Brasil, os álbuns Tintim são publicados pela Companhia das Letras.