Brasil - Depois de afirmar que o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), é “um nome forte”, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), passou a defendê-lo como opção para representar a direita contra o presidente Lula (PT) nas eleições de 2026. Tarcísio avalia que, como representante da direita com apoio de partidos de centro, o paranaense teria espaço para conquistar o eleitorado por apresentar alta taxa de desconhecimento e baixa rejeição, segundo pesquisas.
Além disso, acredita que Ratinho teria lugar garantido em um eventual segundo turno contra Lula, mesmo que um representante da família Bolsonaro, como Eduardo, participasse da disputa presidencial.
Tarcísio ou Ratinho?
O presidente nacional do PP (Partido Progressista), senador Ciro Nogueira, avalia que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está entre dois nomes para apoiar na disputa pelo Planalto em 2026: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ou o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD). “Se fosse hoje, vejo dois candidatos viáveis: Tarcísio e Ratinho Junior”, disse.
A expectativa do ex-ministro é que Bolsonaro anuncie até janeiro o nome que representará a direita na disputa com o PT de Lula. “Acredito que ele já decidiu. Defendo que comunique isso em dezembro para ser anunciado em janeiro. Quem vai ser, só ele sabe. Eu imagino, mas quem tem legitimidade e autoridade para dizer é ele, o Flávio ou até a Michelle, que tem contato direto com ele”, completou.
A possibilidade de Bolsonaro sacramentar a escolha é bem vista por lideranças do grupo, que enxergam em Tarcísio um perfil competitivo. Mas o governador mantém o discurso de que tentará a reeleição. Bolsonaro tem sinalizado a interlocutores que prefere fazer o anúncio apenas em fevereiro de 2026. O tempo, na prática, fortalece a aproximação com Ratinho Junior.
Diante da indefinição de Tarcísio, o governador do Paraná tem mantido diálogo com o Centrão e é visto como uma alternativa mais viável. Além disso, a indefinição trava a sucessão estadual em São Paulo, gerando um “efeito cascata” entre os pré-candidatos da direita.
A definição não é apenas sobre quem será o candidato da direita, mas também sobre o timing político e os impactos nas articulações estaduais. Aliados do próprio Bolsonaro consideram janeiro o prazo ideal para garantir uma campanha presidencial competitiva.