Cascavel – Com acréscimo de 8,1% em um ano o cenário imobiliário em Cascavel coloca à disposição do público 3.026 casas, sobrados e apartamentos para venda e locação.
No ano passado houve um pico de entrega de obras que começaram em 2013 e 2014 e isso é um dos fatores que levam ao atual estoque de imóveis. Só de apartamentos há 1.393 unidades que incluem de um a quatro quartos.
Na avaliação do presidente do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil) no Oeste do Paraná, Edson Vasconcelos, a quantidade de imóveis não é vista de maneira negativa. “O nosso consumo natural é de três mil imóveis ao ano. Em São Paulo e Curitiba a crise se agravou, pois as cidades tiveram estoque acumulado de cinco e três anos e o mercado não levou em consideração o crescimento vegetativo”, compara.
Segundo Vasconcelos, o maior número de opções de casas e apartamentos favorece a negociação com os consumidores. “Se chegarmos a ter aqui na cidade só um prédio novo, será a pior fase e os preços podem ser maiores. Tem que haver estoque, mas também equilíbrio entre as folgas para a construção”, esclarece.
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Dos empreendimentos que devem ser entregues neste ano, boa parte está com contratos fechados. Entretanto, ao contrário de grandes centros, não há o indicador IVVI (Índice de Velocidade de Vendas de Imóveis) que controla na entrega a porcentagem de quantas unidades foram vendidas.
Em 2017 ainda haverá liberação de novos empreendimentos, porém em quantidade menor do que a registrada nos últimos anos. “O ritmo de construção diminuiu e no ano passado, quem ia lançar empreendimentos segurou e o cenário agora não será diferente”, afirma o presidente do Sinduscon.
Conforme Vasconcelos, a tendência para os próximos anos é de baixa de estoque, mas isso não deverá ocorrer por conta do mercado. “O pico de estoque não ocorre porque as pessoas deixaram de comprar, mas pela disponibilidade de lançamentos”, avalia.
