Jackson Follmann, de 24 anos, recebeu alta do Hospital da Unimed, em Chapecó, na manhã desta terça-feira. Follman, goleiro da Chapecoense que estava no fatídico voo da LaMia rumo a Medellín, é o quarto e último sobrevivente brasileiro da tragédia a deixar o hospital – antes dele, os também jogadores Neto e Alan Ruschel e o jornalista Rafael Henzel já haviam voltado para suas casas.
– Finalmente chegou o grande dia, mais uma etapa concluída. Saio até com o coração um pouco apertado, fiz grandes amigos aqui que vou levar para a vida toda. Isso me deixou muito feliz e muito motivado para o momento que eu saísse daqui. Saio feliz, forte, praticamente curado de tudo – disse Follmann, em entrevista coletiva na saída do hospital.
A alta hospitalar de Follmann acontece três depois do goleiro deixar o hospital pela primeira vez, para comparecer ao amistoso entre Chapecoense e Palmeiras, na Arena Condá, e erguer o troféu da Copa Sul-Americana. Follmann segue já na quarta-feira para o Rio de Janeiro, onde assistirá à partida entre Brasil e Colômbia, cuja renda será repassada à Chape e aos familiares das vítimas da tragédia.
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– Ir ao jogo da seleção representa muito. Não queria que fosse desta forma, perdi amigos, mas será único. Ir lá fora e sentir o carinho… Sei que sou fonte de inspiração e fico feliz por isso – declarou.
Depois, no início da próxima semana, Follmann irá para São Paulo, onde fará fisioterapia e atividades para se acostumar a caminhar com uma prótese abaixo do joelho direito, área onde passou por uma amputação. De acordo com o boletim médico, Follmann não apresentou quaisquer “intercorrências clínicas” durante a internação em Chapecó.
Follmann disse que vê a si mesmo, daqui a dois anos, caminhando e fazendo atividades. Mesmo fora dos gramados, o jovem goleiro disse que pretende seguir vinculado à Chapecoense, exercendo alguma função pelo clube. Ele também já tem planos mais imediatos, assim que deixar o hospital:
– A primeira coisa que eu quero fazer é comer um churrasco – disse, entre risadas.
