Cotidiano

Coletores de lixo entram em greve

A proposta dos 98 coletores era de aumento de 15%, o que foi negado pelos empresários

Cascavel – Mais uma greve deve prejudicar o cascavelense no início desta semana. Dessa vez são os coletores de lixo que devem parar as atividades a partir desta segunda-feira. A decisão foi tomada na noite de sexta-feira em uma assembleia realizada pelo Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação, em frente à OT Ambiental.

A proposta dos 98 coletores era de aumento de 15%, o que foi negado pelos empresários. Além do baixo salário, os trabalhadores reclamam da falta de mão de obra. Conforme os coletores, muitos profissionais ficam pouco tempo nas ruas e buscam outro emprego e, com isso, quem fica trabalha por dois.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Luiz Carlos Marcon, a greve não prejudicará a coleta de lixo na cidade. Segundo ele, a paralisação atinge somente os coletores e não os garis que fazem o trabalho de limpeza das ruas. “Temos duas equipes, compostas por 36 homens durante o dia e 36 durante a noite”.

Conforme Marcon, a prefeitura deve adotar uma solução alternativa. “Não teremos problema na continuidade da coleta. A chamada equipe padrão, que faz a limpeza das ruas, será destinada para isso”.

Ele disse ainda que a data-base dos coletores é janeiro e que eles pediram um aumento de 15% no salário, mas a OT Ambiental deu apenas 10%, o que não agradou os trabalhadores. Além disso, eles pedem R$ 450 de vale-alimentação e os empresários sinalizaram com R$ 395. Cabe destacar que o salário de um coletor é de R$ 1.053,44.

Além da greve, o município enfrenta um entrave por conta do contrato do lixo, que pretende fazer uma PPP (Parceria Público-Privada) por um prazo de 20 anos e que teria um custo de R$ 1 bilhão. Uma audiência pública está agendada para o próximo dia 12, no Centro de Convenções de Cascavel, para discutir o assunto.