Cotidiano

Após desocupar escola na Ilha, alunos aguardam encontro com secretário

Alunos de escolas ocupadas-GFG2NLJSG.1.jpgRIO ? O alunos do Colégio estadual Prefeito Mendes de Moraes, na Ilha do Governador, desocuparam a unidade, na tarde desta segunda-feira, após uma reunião com o chefe de gabinete da Secretaria estadual de Educação, Caio Castro, que resultou em confusão e no pedido de exoneração do cargo. Após deixarem a escola, por volta das 13h30m, parte dos estudantes seguiu para a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) com o objetivo de se encontrar com o secretário da pasta, Antonio Neto.

? Nós pretendemos pressionar o secretário a nos dar algumas respostas que ainda ficaram vagas, após o pedido de exoneração do Caio Castro. Ele sinalizou que vai nos atender ainda hoje. Não vamos sair de lá antes de acontecer esse encontro ? disse um dos alunos.

Alguns estudantes também se reuniram, na tarde desta segunda, na Alerj, com a comissão de educação da casa, entre defensores públicos, advogados e deputados, para discutir as demandas do grupo.

PEDIDO DE EXONERAÇÃO

Mais cedo, o chefe de gabinete da Seeduc, Caio Castro, esteve na escola para negociar a saída dos estudantes, mas, durante as conversas, mandou uma professora calar a boca e foi hostilizado. Ele acabou deixando a unidade sem concluir a negociação.

? Não tem como negociar com quem não quer negociar. Fui na escola para fazer um acordo. Os alunos da Mendes de Moraes chegaram a anunciar a desocupação da escola, mas os professores do sindicado dos profissionais de ensino (Sepe) não querem diálogo. São pessoas que não querem dialogar. Não vou ser tratado como fascista, coisa que não sou. Pedi que ela se calasse – disse Caio Castro.

Alunos do movimento de ocupação combinaram com o chefe de Gabinete uma coletiva de imprensa e anunciaram a desocupação da unidade. Durante a entrevista, professores grevistas iniciaram uma série de ofensas, xingamentos e agressões verbais contra Caio Castro Lima. Ao ser chamado de fascista por uma grevista exaltada, ele pediu que ela se calasse. A partir daí, a coletiva foi suspensa e o chefe de Gabinete expulso do colégio.