BRASÍLIA ? O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), assumiu a sessão do plenário nesta terça-feira na Casa. Apesar de pressionado a deixar o cargo, ele voltou a afirmar que não vai renunciar. A pauta está trancada por quatro MPs e três projetos de lei do Executivo com urgência constitucional.
Após o episódio em que abriu e encerrou a sessão da Câmara no dia do afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é a primeira vez que Maranhão comanda sessão do plenário. Logo que sentou a Mesa, o presidente interino começou a ser quer alvo de questionamento de vários parlamentares.
O deputado Valderlei Macris (PSDB-SP) questionou se Maranhão era advogado e quem teria elaborado o parecer a favor da anulação do impeachment na Câmara. O ato foi anulado pelo próprio presidente interino após contestações. Em resposta ao deputado, Maranhão disse apenas que era presidente da Câmara e não deu qualquer explicação sobre a autoria do parecer da anulação.
O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), em seguida pediu a palavra na tribuna e disse que Maranhão não tinha condições de de presidir a Câmara. Ele reforçou o pedido para que renuncie ao cargo.
Maranhão adiou para quarta-feira a reunião do colégio de líderes a pedido dos parlamentares.