
Cascavel e Paraná - Diante do aumento dos casos de SRAGs (Síndromes Respiratórias Agudas Graves), que têm sobrecarregado tanto a rede pública quanto a particular de saúde, a Secretaria Municipal de Saúde de Cascavel adotará uma nova estratégia: a ampliação do horário de vacinação contra a gripe. A partir desta terça-feira (10), seis unidades de saúde oferecerão atendimento noturno exclusivo para aplicação da vacina contra a influenza e atualização da caderneta de vacinação.
Atualmente, Cascavel já conta com quatro unidades com funcionamento noturno regular – Santa Cruz, Los Angeles, Neva e Nova Cidade – que oferecem vacinação como parte de sua rotina. Com a ampliação, o município contará com 10 unidades em funcionamento no período noturno para aplicação da vacina contra a gripe.
Até dia 20
As unidades Pacaembu, Sanga Funda, Cancelli, Tio Zaca, Cascavel Velho e Santa Felicidade estarão mantendo atendimento das 19h às 22h, de segunda a sexta-feira, até o dia 20 de junho, exclusivamente para esse serviço. Durante o dia, o atendimento segue normalmente, com os demais serviços de saúde funcionando no horário habitual.
Nas demais unidades, a vacinação segue das 8h até 15 minutos antes do fechamento. A Sesau recomenda que os moradores levem a caderneta de vacinação, mas informa que a ausência do documento não impedirá a aplicação da vacina.
Baixa cobertura
A medida busca aumentar a cobertura vacinal, que ainda está baixa em Cascavel. Segundo a Secretaria de Saúde, em maio, houve mais de 5 mil atendimentos relacionados a síndromes respiratórias – número significativamente maior do que no mesmo período do ano passado. A imunização é uma forma eficaz de prevenir complicações que podem levar à hospitalização. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná emitiu um alerta na semana passada sobre o agravamento da situação em todo o estado.
Dados do PMI (Programa Municipal de Imunização) mostram que, das mais de 144 mil pessoas que integram o grupo prioritário em Cascavel, apenas 77 mil tomaram a vacina contra a gripe — o que corresponde a 41,43% do total, muito abaixo dos 90% recomendados pelo Ministério da Saúde.
Os índices entre os grupos mais vulneráveis são ainda mais preocupantes. Dos mais de 52 mil idosos, apenas 47,27% foram vacinados. Entre as crianças, a cobertura atinge 33,93%. A situação mais crítica envolve as gestantes: apenas 12,90% buscaram a imunização.