PERU – A candidata Keiko Fujimori, favorita no primeiro turno e filha do ex-presidente Alberto Fujimori, abriu vantagem na briga pelo desempate na eleição presidencial peruana. Na mais recente pesquisa da Ipsos, a ex-primeira-dama teve 46,1%, contra 41,6% do economista Pedro Pablo Kuczynski, ex-ministro no governo de Alejandro Toledo.
Após uma sequência de sondagens indicando empate técnico para o segundo turno, esta é a primeira ocasião em que Keiko se distancia do rival. Outros 12,3% apontam que anularão seu voto. O levantamento tem margem de erro de 2,3 pontos.
Filha de um ex-presidente preso por corrupção e crimes de lesa-Humanidade contra guerrilheiros do grupo Sendero Luminoso, Keiko segue a tradição política do pai no fujimorismo, um sistema populista de centro-direita que privilegia o livre mercado. Muito criticada por todos os rivais na disputa, ela viu Kuczynski crescer na disputa com a inabilitação de outros candidatos.
Keiko negou na segunda-feira passado que ela ou seu partido estejam envolvidos em lavagem de dinheiro. A declaração veio após a imprensa peruana sugerir que autoridades americanas investigavam a sua campanha presidencial de 2011.
Segundo a imprensa local, os Estados Unidos investigam se Joaquin Ramirez, deputado e secretário-geral do partido das Forças Populares, teria lavado US$ 15 milhões em favor de Keiko.
A suspeita se basearia em um áudio gravado em 2013 com declarações de Ramirez sobre a campanha de 2011, em que Keiko acabou derrotada. Ramirez, um empresário com negócios nas áreas de construção e de imóveis, já foi alvo de uma investigação preliminar no Peru por lavagem de ativos em 2014.
Autoridades americanas afirmaram que o país nunca declarou que Keiko era alvo de investigações, embora não tenham comentado as suspeitas levantadas sobre Ramirez. Ela afirmou que pedirá uma declaração formal para revelar se o partido é investigado nas próximas horas, acusando Kuczynski de uma ?guerra suja? contra a sua candidatura.