RIO ? Reivindicado pelo Estado Islâmico (EI), o atentado em Londres na quarta-feira deixou quatro mortos, incluindo o agressor, e cerca de 40 feridos. O autor era britânico e já tinha sido investigado por relações com terrorismo. A polícia ainda investiga os motivos pelos quais o terrorista atropelou vários pedestres na calçada da ponte de Westminster, diante do Big Ben, e depois esfaqueou um policial que impediu sua entrada na sede do Parlamento, antes de ser morto a tiros pelos agentes. Veja o que sabemos até agora: londres
O TERRORISTA
A identidade do autor do ataque permanece desconhecida, mas a primeira-ministra, Theresa May, informou nesta quinta-feira que o agressor ?foi investigado há anos pelo Mi5 (serviços de Inteligência) por suspeita de violência extremista?, e teria atuado por motivações ideológicas islamistas. Uma imagem do resgate do agressor mostra um indivíduo robusto, de pele morena, cabeça raspada e barba. Ele estava vestido de preto. A polícia diz que apenas um homem participou da ação, mas continua buscando eventuais cúmplices. Oito pessoas foram detidas nesta quinta-feira.
A AUTORIA
Por meio de sua agência, o grupo extremista Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado. ?O autor do ataque diante do Parlamento britânico é um soldado do EI e a operação foi realizada em resposta a um chamado para atacar os países da coalizão (internacional antijihadista)?, indicou a agência Amaq. Nas redes sociais, simpatizantes do grupo jihadista comemoraram o ataque e o definiram como uma ?vingança? pelos bombardeios britânicos em Mossul, capital da milícia no Iraque. Info – Ataque em Londres Westminster
AS VÍTIMAS
Keith Palmer, de 48 anos. Casado e pai, trabalhava para a Unidade de Proteção Diplomática da polícia, protegia um dos portões de acesso ao Parlamento e foi esfaqueado e morto pelo agressor. Segundo parentes citados pela imprensa britânica, havia servido no Exército, em um regimento de artilharia, antes de passar para a polícia.
Aysha Frade, de 43 anos. Ela ia buscar suas filhas pequenas na escola quando foi atropelada pelo homem, segundo meios de comunicação britânicos. Filha de um cipriota e uma espanhola, sempre viveu em Londres e passava os verões na Galícia, no noroeste da Espanha, onde suas irmãs moram.
Um homem de cerca de 50 anos, segundo os únicos detalhes revelados até agora pelas autoridades.
O criminoso: sua identidade não foi revelada, mas se especula que tenha relação com Birmingham, uma cidade do centro do Reino Unido com fortes conexões jihadistas onde foram realizadas detenções nesta quinta-feira relacionadas ao atentado. Segundo meios de comunicação britânicos, o carro que utilizou para atropelar as pessoas foi alugado em Birmingham e no contrato figurava um endereço na cidade.
Os feridos: dos 29 feridos que seguem no hospital sete estão ?em situação crítica?, disse o comandante da unidade antiterrorista britânica, Mark Rowley. Ao todo foram 40 feridos.
AUTORIDADES
A primeira-ministra britânica, Theresa May, estava no Parlamento na hora do ataque, mas foi rapidamente retirada do local, que suspendeu todas as suas atividades, e levada para seu gabinete na Downing Street. Em uma declaração ante o Parlamento nesta quinta-feira, ela ressaltou que o país ?não tem medo?. O Palácio de Buckingham, residência oficial da rainha Elizabeth II, teve sua segurança reforçada.
OUTROS ATAQUES
O Reino Unido já foi palco de atentados de simpatizantes da al-Qaeda, em 2005, e de extrema-direita, em junho do ano passado, quando o ultranacionalista Tommy Mair assassinou a deputada Jo Cox, defensora da permanência do país na União Europeia. Premier britânica: ?Jamais nos renderemos ao terror?