RIO – A segunda-feira é marcada por manifestações no Leblon, Zona Sul do Rio, contra a saída de Adriana Ancelmo do Complexo de Gericinó, na Zona Oeste da cidade. De madrugada, houve um panelaço em frente ao prédio onde a ex-primeira-dama morava.
Pela manhã, cartazes foram colocados em canteiros na esquina da Avenida Delfim Moreira com a Rua Aristides Espínola. “Direitos iguais para detentas” e “Quero roubar e ter prisão domiciliar” são algumas das frases escritas nos cartazes.
Adriana Ancelmo foi beneficiada por uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedida nesta sexta-feira. A ministra Maria Thereza de Assis Moura autorizou a prisão domiciliar da ex-primeira-dama. Adriana deve deixar o presídio Bangu 8 ainda nesta segunda-feira.
A casa da ex-primeira-dama terá que passar por uma vistoria da Polícia Federal. Adriana Ancelmo não poderá ter acesso a telefones ? celulares e fixos ? e à internet. Somente depois dessa inspeção a Justiça determinará a transferência.
A prisão domiciliar é um pedido dos advogados de defesa de Adriana, que alegam que os filhos menores dela, de 11 e 14 anos, não podem ficar sem pelo menos um dos pais.
O benefício para a ex-primeira-dama já havia sido concedido pela primeira instância da Justiça Federal, mas foi cassado em seguida. A defesa, então, recorreu ao STJ. Adriana é ré por organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.