A estratégia do Flamengo de tornar o elenco homogêneo técnica e fisicamente até a disputa da fase final do Estadual, da Libertadores e do início do Campeonato Brasileiro cobra um preço. O desempenho se tornou inconstante conforme o técnico Zé Ricardo passou a fazer observações, o que se agravou com a perda de seus dois atletas-chave: Diego e Guerrero, convocados. O risco, porém, é calculado no momento.
Classificado para a semifinal do Estadual, o clube aproveita as partidas para dar mais rodagem a jogadores ainda longe da condição ideal, o que interfere na performance. Ao contrário de Diego, que foi preparado por um bom tempo antes de entrar em campo, o volante Rômulo e o atacante Berrío chegaram esse ano para preencher carências no time titular e entraram logo para serem aproveitados na Libertadores.
Embora a estrutura do time tenha sido mantida, a rotatividade levou a queda de produção, corrigida apenas parcialmente com a saída de Rômulo para a entrada de Márcio Araújo e a dosagem de Berrío, que também fez um trabalho físico diferenciado. A isso se soma a utilização cada vez maior dos jovens até o próximo jogo da Libertadores, dia 12, contra o Atlético-PR. O Flamengo deu um passo atrás para dar dois na frente quando precisar, ao menos no planejamento. Mas sabe que em clássicos, como o empate com o Vasco, a pressão aumenta se a vitória não vier.
? É estratégia nossa como clube. Os jovens vem alternando. Até Léo Duarte (zagueiro) entrou. O Zé sempre fez prevalecer o jogador da posição. Talvez não pudemos experimentar mais atletas porque o regulamento do Estadual não permite ? explicou o diretor Rodrigo Caetano, avisando que o plano será mantido adiante ? O treinador vai rodar todo elenco para quando tiver uma fase aguda possamos ter a certeza de utilizar todos.