BRASÍLIA – O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse nesta terça-feira que estranhou a decisão do presidente Michel Temer de retirar da reforma da Previdência os servidores estaduais e municipais, mas que concorda. Segundo ele, não é ruim os estados terem cada vez mais atribuições. Sobre o prazo de seis meses para que os governos locais fixem suas regras previdenciárias para seus servidores, o governador afirmou que ?é mais do que suficiente?. Ele argumentou que a maioria dos estados está com déficit, e que mudanças têm que ser feitas o quanto antes. Pezão veio à Câmara acompanhar a reunião de líderes, que entre outros temas, tratará da renegociação das dívidas dos estados. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que levará o projeto à votação do plenário nesta quarta-feira. Pezão tem vindo toda semana a Brasília acompanhar o andamento da matéria.
? Não sou contra se passar para as assembleias legislativas. O que eu achei estranho é que tem leis que são da Constituição. E foi o que acabou prevalecendo: vai ter um prazo, mas vai ter que ser definido aqui a questão da idade, uma série de questões que dependem do Congresso Nacional. Mas não vejo como ruim cada vez mais se passar atribuições para os estados ? disse.
Perguntado sobre o desgaste que os governadores sofrerão junto a professores e policiais, que condenam as mudanças, Pezão foi categórico:
? Desgaste é deixar o salário atrasado.