O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná, desencadeou uma operação na manhã desta terça-feira (26), em Cascavel. A ação foi acompanhada por técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). O trabalho envolveu o cumprimento de mandados contra uma empresa que comercializaria agrotóxicos contrabandeados.
Ao todo, mais de dez mandados foram cumpridos em diversos bairros do município, incluindo a sede da empresa e residências de seus proprietários. Os materiais que foram apreendidos durante a operação foram encaminhados à sede do Gaeco em Cascavel.
Foram apreendidos documentos, aparelhos celulares, computadores e equipamentos eletrônicos. Um dos grupos criminosos é responsável pela emissão de notas fiscais fraudulentas que, nos últimos três anos, somam quase R$ 26 milhões.
O uso de agrotóxicos contrabandeados pode representar uma grave ameaça à saúde pública, ao meio ambiente e à segurança alimentar. Por não passarem por testes de segurança e eficácia exigidos pelas autoridades sanitárias, os produtos podem conter substâncias proibidas ou em concentrações inadequadas.
A aplicação destes agrotóxicos contrabandeados pode contaminar o solo, os recursos hídricos e os alimentos, expondo os consumidores e os trabalhadores rurais a riscos graves, como intoxicações e doenças crônicas. O uso indiscriminado de produtos ilegais também pode contribuir para a resistência de pragas, tornando o controle agrícola mais difícil e oneroso.
A participação da Adapar na operação, a pedido do próprio Ministério Público e do Gaeco, se deve justamente à área de atuação da Agência, focada na conformidade do comércio e uso de insumos agropecuários, assim como na promoção da saúde animal, sanidade vegetal, inocuidade dos alimentos e uso adequado do solo agrícola.
Fonte: AEN