CASCAVEL

Ônibus elétricos: com metade da frota rodando, articulados já foram pichados 

Imagens das câmeras identificaram os adolescentes que cometeram o vandalismo e o caso já está com o setor jurídico do Município - Foto: Secom
Imagens das câmeras identificaram os adolescentes que cometeram o vandalismo e o caso já está com o setor jurídico do Município - Foto: Secom

Na data de ontem, terça-feira (20), completou duas semanas que os ônibus elétricos começaram a rodar na cidade e dois articulados já foram pichados.

Do total de 15 veículos que chegaram à cidade, apenas sete deles estão rodando, já que a proposta do Município é de colocar rodar quatro deles por semana, assim que eles forem sendo emplacados. Imagens das câmeras de monitoramento identificaram os adolescentes que cometeram o vandalismo e o caso já está com o setor jurídico do Município.

A reportagem do Jornal O Paraná apurou que os adolescentes frequentam um colégio público na região central da cidade e que a Transitar fez um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e, além disso, comunicou o ocorrido ao Conselho Tutelar que tomará as medidas cabíveis. Os ônibus elétricos são responsáveis por transportar os passageiros nas linhas troncais, ou seja, as linhas de terminal a terminal.

Os ônibus

A chegada dos ônibus modernizou parte do sistema de transporte público. Os 15 elétricos representam 10% do total dos ônibus que circulam pela cidade. Mesmo tendo sido anunciada ainda em 2020, a licitação para a compra deles ocorreu no ano passado pelo custo de R$ 42 milhões e eles chegaram em julho deste ano, sendo 13 ônibus padrons e 2 articulados.

Cada ônibus tem cerca de 12 metros de comprimento e capacidade para 75 passageiros. Equipado com baterias totalmente elétricas, possui autonomia de 270 km e pode ser carregado em até 4 horas. Além disso, tem ar-condicionado, conexão wi-fi e tomadas para recarga de celulares. Até então, no Paraná, apenas Curitiba tinha ônibus elétricos.

Mais investimentos

Todo o sistema para carregar a frota conta com nove carregadores, sendo que sete deles ficam no Eletroterminal, um no Terminal Leste e outro no Terminal Sul. As recargas serão feitas no período noturno quando não estivão circulando, mas o local comporta os 15 estacionados de uma só vez. O investimento total somente nestes equipamentos foi de R$ 7,5 milhões.

Além disso, para conseguir suportar o fluxo de veículos que estarão transitando pelo eletroterminal, foi feita uma obra de pavimentação na Rua São Paulo, entre a Avenida Assunção e a Rua JK, e na Avenida Brasil, no mesmo trecho que foi concluída na semana passada. Na revitalização dos dois trechos, o investimento é de R$ 1.589.121,25.

Mais R$ 1,9 milhão foi gasto para a abertura de uma nova rua, para que os ônibus que saem do terminal não precisem mais fazer toda a volta, pegando a Rua São Paulo e a Juscelino Kubistchek, para só depois acessar à Avenida Brasil.

Usina

Outro investimento que faz parte de todo sistema é a construção de uma “Usina Fotovoltaica” que vai gerar a energia utilizada no sistema do carregamento dos ônibus, anexo ao Aterro Municipal, no distrito de Espigão Azul. No local, estão sendo instaladas diversas placas que farão a captação de energia que será mandada diretamente para a rede da Copel, sendo feita a compensação da energia, sendo que a previsão é que até o final de agosto, toda a estrutura fique pronta.

O Aterro Sanitário de Cascavel entrou em atividade em 1995 e a usina está em construção sobre células que já foram desativadas. O investimento é de cerca de R$ 13 milhões, por meio de verba liberada pelo BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e a Itaipu Binacional. Depois de pronta, haverá um período de testes, para a Copel inserir a produção da energia na rede, que vai direto para a sustação da Copel.

A expectativa de produção da energia, que é um contrato, a empresa está colocando 5 mil placas que vão gerar uma produção de 2,5 megawatts de energia. Em números, a previsão que nos 25 anos que a usina vai produzir dentro da garantia das placas, eles gerarão uma economia de cerca de R$ 260 milhões em energia que o município teria que gastar se não houvesse a usina.

Crédito

Não existe uma ligação entre o terminal e a usina do aterro, a usina fornece energia na rede da Copel e cria um crédito em energia para a Prefeitura. A Copel fornece energia para o Eletroterminal para abastecer os ônibus e vai descontar essa energia fornecida daquela que o Município insere para a Copel, o que deve sobrar energia e o Município ficará com crédito que vai ser usado em outros prédios públicos.