SÃO PAULO. Dois policiais militares envolvidos na morte do universitário Julio Espinoza, de 24 anos, foram presos administrativamente, informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), em nota, nesta sexta-feira. Dois PMs ficarão detidos por cinco dias na carceragem da Corregedoria da Polícia Militar e outros dois policiais continuam afastados enquanto as ?investigações seguem em andamento?.
Duas testemunhas do caso devem ser ouvidas nesta sexta-feira. A SSP informou ainda que não sabe como está a investigação dos guardas municipais envolvidos no morte de Julio.
O universitário foi morto na madrugada da última segunda-feira. Ele não parou numa blitz policial na zona leste de São Paulo _ segundo sua família porque seu carro estava cheio de multas _ quando o veículo passou a ser perseguido por 10 PMs e quatro guardas civis de São Caetano do Sul, município da Grande São Paulo.
O jovem foi morto com um tiro na cabeça. O carro dele foi atingido por 16 tiros ? nove partiram dos policiais militares.
Julio chegou a ser levado ao Hospital Estadual da Vila Alpina, onde tinha estado considerado grave, mas não resistiu.
O caso é investigado pelo DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), da Polícia Civil, e pela Corregedoria da PM.
Uma testemunha relatou, na quarta-feira, que viu policiais militares e guardas civis municipais colocando uma arma dentro do carro da vítima para forjar que o estudante estava armado.