Cotidiano

Visual, auditivo ou cinestésico: descubra o seu modo de aprender

tipos de aprendizado.jpgAlguns alunos se dão bem estudando com vídeos da internet, outros não abrem mão de ouvir podcasts. E tem ainda a galera viciada em escrever e ler em voz alta fichas de resumo. Essas diferenças não são aleatórias. Mesmo sem saber, eles estão escolhendo métodos adequados à personalidade delas. E essa pode ser a melhor maneira de fixar conteúdos, de acordo com os especialistas, que separam o aprendizado em três tipos: visual, auditivo e cinestésico.

Como o nome indica, as pessoas do tipo visual têm nas imagens um grande elemento para fixação do aprendizado. Ter a sua frente gráficos, fórmulas, diagramas e textos facilita tudo para ela. Já os auditivos registram melhor os conteúdos quando estes estão em formato de áudio, desde que não hajam ao redor ruídos atrapalhando.

Por fim, o cinestésico é alguém que utiliza muito o tato para estudar, focando sempre em situações práticas. Se mover e tocar, montar e desmontar coisas estimula o seu aprendizado.

? A maioria das pessoas tira proveito da combinação dos três estilos, mas o ideal é focar em apenas um deles, estimulando habilidades específicas. Uma dica é testar, treinar e praticar as três formas e anotar os resultados obtidos em cada uma delas. Na internet, o aluno consegue encontrar alguns testes que ajudam a identificar que método combina mais com o perfil delas ? aconselha a psicopedagoga Mônica Pessanha.

Luciana Barros de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, explica que o ato de aprender é uma tarefa intersubjetiva, particular e individual. Deste modo, o conhecimento é resultado da combinação de estímulos do ambiente externo com o interno, envolvendo a personalidade de cada um.

Mas ter consciência do aprendizado ideal não vai melhorar o desempenho se o estudante não criar uma rotina
saudável e disciplinada de estudos.

? O aluno deve estudar de duas a três horas consecutivas por dia, com alguns intervalos para se alongar e fazer uma refeição, em lugares tranquilos. Além disso, é fundamental equilibrar vida social e acadêmica, reservando seis horas semanais para atividades esportivas e de lazer. Sugerimos o domingo para o descanso com a família ? indica Luciana.

Visuais: memória fotográfica

Os alunos desse grupo conseguem memorizar matérias, nomes e dados com mais facilidade quando estimulam a visão. Slides, gráficos, diagramas, ilustrações e textos são os materiais mais adequados para revisar e estudar depois das aulas, sempre em ambientes tranquilos e silenciosos. Para eles, qualquer som funciona como uma distração.

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Em sala de aula, portanto, é fundamental tomar nota de tudo o que foi dito, já que a escrita também é uma forma de estimular a visão. Em casa, dá para aproveitar este material de outras maneiras, combinando as anotações com imagens e outros elementos visuais que ampliam o contexto do tema estudado.

Outra possibilidade é preparar resumos gerais, cartazes e fichamentos que facilitam o resgate na memória de assuntos específicos. Coloque as fórmulas mais complicadas de Física e Matemática próximas de você, ao alcance da visão. É um bom jeito de decorá-las quem é visual.

Auditivos: gravadores humanos

Estimular a audição não tem a ver, necessariamente, com estudar em ambientes barulhentos. Alunos auditivos precisam de silêncio e concentração para ouvir a explicação dos professores e repassar o conteúdo em voz alta, mais tarde, na hora de estudar. Segundo Monica Pessanha, a melhor alternativa é buscar ambientes tranquilos, que não sejam afetados por ruídos externos.

Além de repetir as informações em voz alta, outras técnicas auditivas ajudam na memorização das matérias. Graças aos milagres da tecnologia, é possível estudar com a ajuda de livros e documentários em áudio e podcasts especiais dentro do tema discutido em sala de aula. Vídeos também podem ajudar, desde que a visão não atrapalhe a audição, claro. Se for o caso, basta minimizar a aba do YouTube e acompanhar apenas o áudio do vídeo escolhido.

Nos dias em que a concentração teima em não dar as caras, alunos auditivos podem contar com o auxílio da música para dar aquele empurrãozinho nos estudos. Sons tranquilos e instrumentais dão conta do recado, pode acreditar.

Cinestésicos: mão na massa

Para estes alunos, não basta apenas ler ou ouvir as explicações do professor. Eles precisam entender o conteúdo na prática, com a mão na massa. Por isso, a dica é estar sempre em movimento, fazendo algumas pausas relaxantes durante os estudos. Isso porque os cinestésicos nem sempre aguentam passar tanto tempo parados, apenas resolvendo exercícios, sem qualquer ação.

De acordo com Monica Pessanha, os primeiros sinais desse método aparecem já na infância. Alunos cinestésicos apresentam desde cedo o gosto por montar e desmontar alguns brinquedos.

Outro macete é contar com uma série de gestos e ações para ?gravar? o que foi passado nas aulas. Laboratórios, atividades em campo, viagens e pequenos experimentos caseiros também trazem bons resultados, já que transformam teorias em algo palpável, real.

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