BRASÍLIA – Antes do que se imaginava, a seleção olímpica começa a lidar com pressão e dúvidas. Já imagina lidar com uma torcida impaciente contra o Iraque, neste domingo. Após o empate em 0 a 0 com a África do Sul, o jogo ganhou contornos quase decisivos para o futuro do time. Preparado para questionamentos na véspera da partida, o técnico Rogério Micale se muniu de estatísticas e, neste sábado, saiu em defesa de sua equipe. Links futebol
Ele disse esperar contar com o apoio da torcida, mas disse ter uma fórmula para o caso de o público reprovar a atuação do time, em especial se o gol não sair de início.
? Fantasma por 2014 (Copa do Mundo) eu não vejo, é outro grupo, outro momento. O Brasil tem pressão grande por medalha, pela história. Temos 90 para ganhar e será ótimo ter o apoio da torcida. Se vier a vaia, por não resolvermos de imediato, temos que fazer como em muitos jogos que disputamos: imaginar que estamos no campo lidando com torcida adversária ? afirmou o treinador.
Ele citou o fato de o time ter finalizado 17 vezes contra os africanos, na estreia. Os rivais, no entanto, ficaram cerca de 35 minutos com um jogador a menos, após a expulsão do meia Mvala.
? A escalação eu vou dar no momento do jogo. Mas não se pode olhar só o resultado de um jogo de futebol. As convicções eu as tenho. Claro que temos que fazer ajustes, mas tivemos 17 finalizações no jogo, houve momentos de boa produção ? disse Micale.
Pela primeira vez, ele precisou adotar postura mais defensiva. Mas disse acreditar na sua equipe.
? Continuo trabalhando no que acredito, no conceito de jogo, na qualidade do jogador. Finalizamos muito, mas nem assim estamos satisfeitos, sempre se quer mais do futebol brasileiro. E expectativa é sempre em cima de um jogo massacrante e que forneça muitos gols. Nem sempre é possível hoje. Mas as ideias não mudam em função do resultado ? garantiu Micale.