RIO – Torcedores que estavam no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, neste sábado, sofreram
para comprar um hambúrguer (R$ 18), uma cerveja (R$ 13), ou mesmo uma simples
água mineral (R$ 8). E o preço não é o principal problema. As filas nos guichês
de alimentação estão tirando o público do sério. Num dos pontos de venda, houve
até um princípio de confusão entre dois homens quando um achou que o outro
furava fila, na praça de alimentação em frente ao live site.
? Estão todos nervosos. Estava morrendo de sede, acabei
perdendo um tempo e meio do jogo por causa da fila para comprar cerveja na arena
de handebol ? afirmou ontem o psicólogo paulista Marcos Reis da Silva, de 42
anos. Jogos – 05/08
Para evitar mais filas, muitos fãs acabaram se dando mal.
Bruno Cerqueira comprou dez cervejas de uma vez na arena de basquete, durante o
jogo masculino entre Austrália e França, pensando em retirá-las ao longo do dia.
Mais tarde, quando foi trocar um tíquete por uma cerveja em outra arena,
descobriu que os restaurantes foram concedidos para empresas diferentes. Eles
não serviam.
? Perdi dinheiro, pois não tinha como pegar a bebida em outra arena nem como
voltar, pois não tinha mais ingresso ? contou.
Outro problema: por incrível que pareça, funcionários dos
caixas de alimentação não sabem usar as máquinas de cartões de crédito e débito.
Em frente ao live site, a compra de uma simples garrafa d’água pode demorar mais
de uma hora.
? Não falta pessoal, o que falta é treinamento. E faltam
máquinas também, temos poucas ? confessou um supervisor que não quis se
identificar, tentando se desculpar.
Nos dias mais movimentados, 180 mil pessoas vão transitar pelo parque
olímpico.
? A gente espera fazer esses ajustes rapidamente ? disse o mesmo
supervisor.
Depois de enfrentar duas longas filas ? uma para pagar e outra para pegar a
comida ?, o repórter não conseguiu retirar um hambúrguer porque a fornada saiu
queimada por fora e congelada por dentro.