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Rio-2016 vira madrugada em "modo de crise" e multiplica por dez logística de alimentação na Barra

Num planejamento concluído precisamente às 4h12m da madrugada deste domingo, o Comitê Organizador Rio-2016 se dedicou, num gabinete de crise, aos dois principais problemas no primeiro dia dos Jogos: as enormes filas para acesso ao Parque Olímpico, na Barra, e a demora para compra e escassez de alimentos, na Barra e também em Deodoro. Na manhã deste domingo, a perda de tempo na revista para entrar no parque havia melhorado sensivelmente, e o Rio-2016 acredita ter também resolvido a questão da alimentação, mas prefere esperar até o meio da tarde o “teste de fogo” da hora do almoço.

Uma das principais medidas de emergência foi na chegada e distribuição da comida. Havia, no sábado, apenas cerca de dez pessoas, de uma empresa contratada pelo Rio-2016, nestas funções no Parque Olímpico. No domingo, 100 funcionários dos Correios assumiram as funções, multiplicando por dez o efetivo de logística da alimentação. A demora no acesso ao parque, no sábado, fez com que muitos funcionários dos bares se atrasassem e provocou um efeito cascata que resultou em longas filas durante todo o dia. Houve outras medidas tomadas para resolver os problemas:

– Funcionários das concessionárias (dos bares) trabalharam na cerimônia de abertura e, com a demora na revista, chegaram atrasados aos bares no sábado. Isso provocou uma bola de neve. Montamos um gabinete de crise, tomamos uma série de medidas. Po exemplo: fizemos pequenas mudanças nos cardápios, diminuindo a variedade e quantidade de alimentos quentes, que demoram mais para sair. Está calor, não é tão necessário. Não faltou comida ontem, faltou operação. Também tomamos medidas para agilizar o processo de pagamento no cartão de crédito, outro dos gargalos. Deixamos ainda no banco de reservas alternativas de fornecimento de alimentação.Se houver problemas, podemos entrar com novos fornecedores e mesmo food trucks – enumerou Mário Andrada, diretor de Comunicação do Rio-2016.

Outro problema do sábado foi o forte calor. Chegou a faltar água em Deodoro, onde algumas pessoas passaram mal. O gabinete de crise que virou a madrugada

– Em Deodoro, temoos uma reserva de água, por causa do calor. Reformulamos a estrutura de distribuição de água lá. Se estiver muito difícil de comprar, demorado, há orientação de que seja distribuída água gratuitamente, não vai faltar água – completou Andrada.

VENTOS

Os fortes ventos que atingiram o Rio na manhã deste domingo causaram o cancelamento das provas de remo na Lagoa Rodrigo de Freitas e derrubaram parte do revestimento do Estádio Aquático, no Parque Olímpico. O Rio-2016 informou que não ocorreu nenhum incidente grave por causa do vento. E que as sessões do remo serão remarcadas e que os torcedores que não puderem comparecer serão reembolsados.

– Convenhamos que o vento é um fator que não podemos controlar. Não houve nenhum incidente maior. A federação internacional de remo vai remarcar as sessões de hoje e vamos reembolsar quem não puder ou quiser ir – completou Andrada.