Esportes

Na 2ª rodada do torneio de futebol em Brasília, público ainda é pequeno

BRASÍLIA – O público é maior do que na última quinta-feira, mas continua modesto. Poucas pessoas chegaram ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, a tempo de acompanhar todo o primeiro jogo da rodada dupla do torneio olímpico de futebol, entre Dinamarca e África do Sul, marcado para às 19h. Assim como ocorreu na quinta-feira, a maior parte da torcida brasileira está interessada mesmo é na partida da seleção contra o Iraque, que começa apenas às 22h. Quem já está no estádio, escolheu um lado para torcer. Até o Brasil entrar em campo, o brasileiro no Mané Garrincha se comporta como um torcedor sul-africano.

Do lado de fora, algumas figuras fazem a festa do torcedor que ainda está chegando ao estádio. É o caso do garçom José Maria da Silva Couto, de 63 anos, morador de São Sebastião, na periferia de Brasília. Ele foi ao local fantasiado do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Diz que faz isso desde 2011, quando Obama visitou Brasília. Ele arrisca um placar magro: um a zero para o Brasil.

– Em São Sebastião me chamam de Obama. José Maria acabou – disse o Obama de Brasília, explicando ainda por que não vai assistir ao jogo:

torcedores (1).JPG– Vou ficar só do lado de fora, porque Obama está em crise.

Flavinho Sambista e Isabela Teves também acompanham a chegada da torcida ao estádio. Vestidos a caráter, eles sambam em frente ao Mané Garrincha. Segundo Flavinho, eles repetem o que já tinham feito durante os jogos da Copa do Mundo em Brasília, em 2014.

– A intenção é recepcionar os turistas, Foi uma ideia de dançarinos da cidade para mostrar que Brasília tem dança e cultura – explicou Flavinho.

torcedores (3).JPGEmbora os brasileiros sejam maioria, há também outras torcidas no estádio. É o caso do iraquiano Maruan Selmen, que há dois mora no Brasil. Apesar dos elogios à equipe do Iraque, que foi melhor do que a Dinamarca no jogo da última quinta-feira, ele não tem muitas esperanças de ver a seleção de seu país surpreender o Brasil neste domingo.

torcedores (2).JPG– Os dois estão fortes, mas eu acho que o Brasil vai ganhar – diz ele.

A torcida brasileira no Mané Garrincha, que tenta empurrar a seleção sul-africana, foi ao delírio aos 21 minutos do segundo tempo, quando o goleiro Khune defendeu de forma inusitada um chute do dinamarquês Jonsson. Ele pegou a bola prendendo-a entre as coxas, sem usar as mãos.

Khune foi o goleiro que não deixou a equipe brasileira marcar no empate em zero a zero com a equipe sul-africana na última quinta-feira. No jogo deste domingo, ele também fez boas defesas, mas não conseguiu evitar que, alguns minutos depois, Skov marcasse, abrindo o placar para a Dinamarca.

Já nos acréscimos, Khune foi ovacionado de novo pela torcida brasileira. Dessa vez por ter carregado nas costas o companheiro Mobara, que se machucou, para que ele fosse atendido fora de campo. Mobara é o lateral direito que, segundo o técnico sul-africano Owen da Gama, faz parte do grupo de três jogadores que ele já viu criarem dificuldades para o jogo de Neymar. Os outros são Juanfran, do Atlético de Madrid, e Phillip Lahm, do Bayern de Munique e da seleção alemã.