RIO ? Não existe guarnição mais veloz. A máxima poderia ser aplicada tanto à primazia dos barcos da categoria Oito Com quanto à supremacia americana na prova feminina. Invictas há dez anos, as remadoras dos Estados Unidos faturaram o tricampeonato olímpico nas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas. Segundo a revista Sports Illustrated, é a mais longa dinastia olímpica de pé atualmente. A Grã Bretanha foi prata, e a Romênia foi bronze.
Pouco depois da final, quando as campeãs passavam pela zona mista e se dirigiam ao pódio, uma remadora americana passou mal. Amanda Elmore entrou em um banheiro próximo à área de imprensa e saiu amparada por outra atleta, tapando a boca com a mão. Houve certa preocupação do time, mas nada que atrapalhasse a festa.
No pódio, ainda abatida, a esportista carregava uma garrafa d’água, mas esboçou sorrisos quando abraçadas pelas colegas de barco e quando recebeu a medalha de ouro. Amanda é uma das esportistas americanas escolhidas a dedo para a prova: todas as remadoras registravam resultados expressivos antes de compor a equipe, como o campeonato mundial dela em 2015 no Skiff Quádruplo.
Como tradição, o Oito Com sempre fecha o calendário de competições, como um “grand finale” que se exige de todo espetáculo. Mas, no masculino, a história foi diferente. Campeãs momentos antes, em torcida pelos compatriotas, as americanas assistiram tensas os britânicos vencerem.
O resultado deixa os britânicos no topo do quadro de medalhas do remo: são os únicos com três ouros. No Oito Com, venceram os alemães, que eram favoritos e chegaram em segundo lugar. A Holanda ficou na terceira colocação.
Os americanos, por sua vez, foram apenas os quartos. Ficaram sem medalha, a exemplo de Londres-2012. Embora seja o maior vencedor na prova masculina em Olimpíadas, os rapazes dos EUA seguem em jejum de títulos mundiais ou olímpicos desde 2005.