A derrota nas quartas de final, e o fim da esperança por medalha na Olimpíada no Rio, foi o pontapé para o desmonte de um dos mais internacionais times do Brasil nestes Jogos Olímpicos. A seleção masculina de polo aquático fica, a partir do fim da competição, sem o técnico croata Ratko Rudic, trazido pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) para organizar um time num esporte quase desconhecido no país. Depois, será a vez de os cinco atletas naturalizados tomarem uma decisão. E de brasileiros procurarem emprego ou retomarem suas vidas acadêmicas.
? Você acha que alguém vai dar emprego por que a pessoa se dedicou a uma Olimpíada? ? questiona o capitão da equipe, Felipe Perrone, resumindo o espírito do time após a derrota.
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O cenário de desmanche foi relatado tanto pelo treinador, que confirmou que não permanecerá no Brasil, quanto por Perrone, logo depois da derrota para a Croácia (atual campeã olímpica) por 10 a 6, ontem. O time ainda tem dois jogos pela frente, que definirão entre o quinto e o oitavo lugar.
? Vou parar de treinar o Brasil. Mas, em todo caso, o Brasil vai continuar melhorando no polo aquático após o fim dos Jogos ? diz Rudic.
O cenário traçado por Perrone, que joga na Croácia, não é tão otimista. Ele diz que os atletas não têm apoio financeiro e que muitos terão de procurar emprego fora do esporte. O atleta cita colegas que deixaram de estudar, um deles nos EUA, para se dedicarem ao polo. No caso dos cinco naturalizados brasileiros, diz que ainda terão ?seu momento de decisão??. A seleção tem um croata, Josip Vrlic, e um sérvio, Slobodan Soro, entre seus principais jogadores. (Vinicius Sassine) Terça-feira de decepções para o Brasil na Olimpíada