BRASÍLIA ? Líder do PSDB na Câmara, o deputado Antonio Imbassahy (BA) disse nesta quinta-feira que o governo interino tem a obrigação de aprovar, no Congresso, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que fixa um teto de gastos públicos. Se isso não ocorrer, opinou o tucano, o governo de Michel Temer ficará estagnado.
? O governo quer ter a mais absoluta certeza de que vai aprovar a PEC do teto. Se perder na PEC, não vota Previdência e não vota nada, fica um governo arrastando uma bola de chumbo no pé ? disse Imbassahy.
O tucano esteve, na noite desta quarta-feira, no jantar na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com Temer e alguns ministros, e afirmou que o peemedebista voltou a colocar como “prioridade zero” de sua gestão a aprovação dessa PEC, hoje em análise por uma comissão especial na Câmara.
Sobre as desavenças entre PSDB e PMDB, sobretudo no que diz respeito aos reajustes salariais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e das demais categorias do funcionalismo, Imbassahy disse que as duas legendas estão procurando um equilíbrio.
? Está alinhando a relação. É um equilíbrio dinâmico ? disse o tucano.
Imbassahy contou também que, no jantar, Temer reiterou que mandará ao Congresso a PEC da reforma da Previdência antes das eleições. Alguns tucanos chegaram a ponderar que o governo esperasse, sob o risco de contaminar o pleito de outubro, mas o governo está decidido. Segundo relatos, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) já sinalizou que o texto da reforma já está bem encaminhado e que é hora de enviá-lo ao Legislativo através de uma PEC.