O governo da Bolívia anunciou, nesta terça-feira, as conclusões da investigação conduzida pelo ministro de Obras Públicas, Milton Claros, a respeito da tragédia com o voo que levava a Chapecoense para a Colômbia, no último dia 29. Claros anunciou que a primeira conclusão aponta a empresa aérea LaMia e seu piloto e sócio, Miguel Quiroga, como responsáveis diretos pela queda da aeronave que deixou 71 mortos.
O ministro listou outras cinco conclusões obtidas pelo governo boliviana ao fim da sua investigação, que ocorreu de maneira independente ao trabalho realizado em conjunto pelos Ministérios Públicos de Brasil, Bolívia e Colômbia. Claros detalhou medidas tomadas pelo governo contra funcionários de aviação que cometeram negligências na fiscalização do voo da LaMia, além de ações para reforçar e garantir a segurança aérea no país.
Enquanto o governo boliviano já anunciou as conclusões de sua investigação, o Ministério Público do país segue em busca de mais informações a respeito do acidente e da operação da empresa aérea LaMia. O MP boliviano busca o terceiro sócio da LaMia, Marco Rocha Venegas, cujo paradeiro é incerto. Informações preliminares indicam que ele viajou ao Paraguai dias antes da tragédia com o voo da Chapecoense.
A responsabilidade criminal pela queda da aeronave da LaMia ficará a cargo das justiças de Bolívia e Colômbia. O Ministério Público Federal (MPF) do Brasil, que também atua nas investigações, coopera na busca de informações que possam levar a punições para os responsáveis pela queda. Esta investigação não tem data estipulada para chegar ao fim.
No Brasil, o MPF espera colher informações que possam esclarecer os voos realizados pela empresa no país, além da forma com que ocorreu a sua contratação. Ainda, o inquérito civil já instaurado busca assegurar recursos pagos às famílias das vítimas, em forma de indenizações.