Manaus – Dez corpos foram liberados pelo Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) do Instituto Médico Legal na tarde desta terça-feira (03) para os familiares. Do total, quatro deles até o começo da noite já haviam sido retirados pelos familiares para os procedimentos fúnebres. No total, 39 corpos já foram identificados e devem ser liberados após procedimentos cabíveis.
Em coletiva de imprensa no fim da tarde desta terça, o diretor do DPTC, Jeferson Mendes, destacou os trabalhos executados pelos 31 peritos que estão atuando na identificação dos cadáveres. De acordo com ele, a maioria das causas da morte dos detentos foram degolados.
? Dos 39 corpos que já identificamos, 30 deles foram decapitados com lesões e perfurações de arma branca pelo corpo. Até o momento, nenhum corpo identificado foi vítima de arma de fogo ? disse o diretor.
Jeferson frisou ainda o ritmo de trabalho e justificou a demora para a liberação dos corpos para os familiares. Segundo ele, existem três processos de identificação e o trabalho que vem sendo realizado tem sido minucioso.
? Os corpos só serão liberados depois de termos certeza de que o corpo de determinado cidadão pertence de fato a ele. Hoje o DPTC conta com três mecanismos de identificação. O primeiro é através da identificação das digitais junto com as informações repassadas pela família. O segundo método é através da arcada dentária, junto com o odontograma, que a maioria dos detentos já tinham feito quando entraram no presídio e o último método, que é o mais demorado, é o DNA ? destacou Mendes.
Grupo no aplicativo de mensagens
Na manhã de hoje, familiares reclamaram da demora do IML de repassar informações aos familiares. Segundo Jeferson, para evitar aglomeração na porta do Instituto, um grupo no WhatsApp será criado para que os familiares dos detentos possam receber informações de quando o corpo de fato estiver pronto para ser retirado.
? Sabemos da dor do familiar e esse é o momento difícil, então vamos criar o grupo no WhatsApp e já criamos também um Núcleo de Atendimento direcionados apenas aos familiares. O Núcleo, que contará com o apoio da Seas e do DPTC, funcionará ao lado do Instituto e deverá receber e repassar exclusivamente os trâmites aos familiares ? finalizou.