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?Estou puto da cara?, diz Levir Culpi após demissão do Flu

Levir.jpg?Puto da cara?. É como Levir Culpi diz estar após a saída do Fluminense. Apesar do desabafo, o técnico não culpou ninguém pelo seu desligamento. Demitido neste domingo pouco depois da goleada por 4 a 1 para o Cruzeiro, no Mineirão, ele garantiu que sua passagem pelas Laranjeiras estará em seu próximo livro, ?De volta ao inferno?. Fluminense em 6 de novembro

Ele foi o décimo treinador que passou pelo Fluminense na gestão Peter Siemsen (sem contar os interinos). As constantes mudanças no cargo, aliás, não passaram em branco na nota oficial emitida pelo técnico, que chama o Tricolor de “famoso por ser o que mais demite técnicos no mundo”.

Levir deixou o Fluminense com um desempenho de 51,92%. Foram 22 vitórias, 15 empates e 15 derrotas. O início, em março, foi marcado pela conquista do título da Primeira Liga. Mas o treinador não resistiu ao desgaste provocado pelas seis partidas sem vitória no Brasileiro.

Confira a nota na íntegra:

?Estou ?puto da cara?, mas preciso dizer algumas palavras.

Quero agradecer a oportunidade de fazer parte da história do Fluminense. Trabalhar nove meses em um clube famoso por ser o que mais demite técnicos no mundo tem também seu mérito. Dos times que trabalhei, o Flu é um dos mais oscilantes no convívio entre vitória e derrota.

Conquistamos a Primeira Liga no ano mais difícil da história do Flu. Devido à Olimpíada, nunca jogamos em casa. Só no dia 28 de outubro é que fizemos o primeiro jogo no Maracanã.

Formamos um ambiente bom de trabalho, coisa também muito difícil de conseguir porque o Flu estava dividido entre Laranjeiras e CT da Barra. E o pior, terá eleições nesse mês. Sabe o que acontece num clube quando quatro candidatos disputam a presidência?

Depois de tantos meses, ainda não sei o nome de todos os funcionários e companheiros de trabalho, mas agradeço a torcida do Flu e todos àqueles que torceram por nós.

Não me arrependo de nada. Fui demitido pelos erros que cometi e não por influência de outros.

Esses meses entre ?céu? e ?inferno? estarão inclusos no livro ?De volta ao inferno?, quando falarei sobre o retorno ao futebol brasileiro depois de sete anos no Japão, com as passagens pelo Galo mineiro e agora o Flu. Assim como o livro anterior, ?Um burro com sorte?, esse livro terá toda a arrecadação revertida para o hospital Pequeno Príncipe, especializado em atendimento de crianças e que merece o apoio de todos, mesmo dos que não gostam de mim. Valeu!?