SÃO PAULO – Uma vitória no Grande Prêmio do Brasil, neste fim de semana, em Interlagos, dá a Nico Rosberg o título de campeão da Fórmula 1. Uma combinação de resultados em que seu principal rival e companheiro da equipe Mercedes, Lewis Hamilton, ficasse atrás dele também bastaria para o mesmo desfecho. Mas Rosberg, que chegou a São Paulo nesta quarta-feira, não pensa nessa matemática:
? Apesar de ter perdido as duas últimas corridas (para Hamilton), considero que estou em um bom momento. Não fico pensando muito nessa matemática porque acho que isso pode atrapalhar. Prefiro me concentrar no que está acontecendo agora e, com relação à corrida, meu foco é pensar em vencer ? disse ele na manhã desta quarta-feira, em entrevista a um grupo de jornalistas de vários veículos, do qual O GLOBO fez parte.
Com 19 pontos à frente de Hamilton no mundial, Rosberg precisa de apenas seis pontos para vencer o título. O piloto britânico, que venceu as provas dos Estados Unidos e do México, tem que manter a diferença para o alemão abaixo de 25 pontos a fim de levar a disputa para o GP de Abu Dhabi, o último da temporada.
A rivalidade e a disputa entre os dois foi muito parecida nos dois últimos anos, mas Rosberg disse que a relação entre ambos, que se conhecem desde os tempos do kart, quando tinha 13 anos de idade, é muito saudável:
? Parece que essa rivalidade existe durante toda a minha carreira e é saudável. Tivemos grandes momentos disputando campeonatos aqui e ali. Temos uma relação boa, mas dentro da equipe é neutra ? disse ele.
Filho do piloto finlandês Keke Rosberg, campeão da F1 em 1982, com apenas uma vitória, Nico disse que não fala muito sobre corridas com o pai:
? O que ele fez foi incrível, mas na verdade não falamos muito a respeito disso. Claro que ele me dá alguns conselhos, como antes da corrida do México, quando me mandou uma mensagem de incentivo. É que são outros tempos. A minha cabeça está voltada para as corridas.
Sobre a possibilidade de vencer em Interlagos, onde ele subiu ao pódio no topo nos dois últimos anos, o alemão disse que teria um sabor diferente:
? Conheço a história do Brasil, dos pilotos daqui. Gosto de assistir às corridas antigas. Assisti aos melhores momentos de (Ayrton) Senna e (Alain) Prost na semana passada, gosto da história. É um circuito lendário, mas isso não faz diferença. Quer dizer, creio ser mais especial ganhar em locais nos quais a história foi feita no esporte. Vou tentar a terceira vitória seguida aqui.
O Grande Prêmio do Brasil começa na sexta-feira, com duas sessões de treinos livres a partir das 10h e das 14h. No sábado, às 11h, acontece o terceiro treino livre antes da classificação, às 14h. No domingo, às 14h, será dada a largada para a prova oficial.