Cascavel Fábio Junior Cecchetto, proprietário da F. J. Cecchetto, foi o principal depoente de ontem na CPI das Horas-Máquina, instaurada pela Câmara Municipal para investigar supostas irregularidades nos serviços de recuperação e conservação das estradas rurais do município prestados por sua empresa.
Após esclarecer que, ao contrário do que chegou a ser divulgado, a F. J. Cecchetto é uma empresa de pequeno porte e não uma microempresa e tem faturamento anual de até R$ 3,6 milhões, Fábio confirmou a terceirização de parte dos serviços previstos no contrato com a Prefeitura de Cascavel de acordo com as necessidades, já que possui apenas oito máquinas.
Ele assumiu total responsabilidade pela terceirização, mas se negou a revelar os nomes das empresas subcontratadas (que seriam a Roda Motriz e a Raizer) alegando sigilo comercial. No entanto, recebeu dos integrantes da CPI, vereadores Robertinho Magalhães (PSD), Luiz Frare (PDT) e Paulo Porto (PCdoB), prazo de três dias para responder a esse questionamento. As informações por ele prestadas serão agora confrontadas com a documentação apreendida pelo Gaeco e a CPI acredita poder entregar o relatório com suas conclusões até o próximo dia 29.
RASCUNHOS
A servidora municipal Tabta da Cunha explicou aos vereadores que era responsável por passar a limpo todos os apontamentos feitos subprefeitos e que após essa operação os originas eram descartados. Depois das denúncias divulgadas nos últimos meses nós começamos a guardar os rascunhos e também a preencher de forma mais detalhada os relatórios, ressaltou.
OUTROS DEPOIMENTOS
Além de Fábio Junior Cecchetto e Tabta da Cunha, a CPI das Horas-Máquina tomou ontem os depoimentos de Rosana Paitch, funcionária da Itaipu encarregada de fiscalizar o convênio da binacional com a prefeitura; o presidente do Sindicato Rural de Cascavel e proprietário rural Paulo Roberto Orso, e os agricultores Ademir Bazotti, Adir Webber e Giovanni Luiz Becker.