Os presidentes dos clubes do Rio se uniram em entrevista coletiva na Federação do Rio num esforço pela realização do clássicos sem torcida única. À espera de uma reconsideração de liminar do juiz Gulherme Schilling, os dirigentes afirmaram que estão assumindo “uma grande responsabilidade” e fizeram apelos de paz às torcidas.
O presidente Rubens Lopes, da Federação do Rio, iniciou a entrevista coletiva ressaltando que “Todos discordam do posicionamento da torcida unica”. Lopes afirmou que além dos presidentes de clubes Eduardo Bandeira de Mello (Flamengo), Pedro Abad (Fluminense) e Eurico Miranda (Vasco), a reunião tinha Telmo Zanini e Fernando Manuel, os dois como representantes da TV Globo, que é detentora dos direitos de transmissão, e também a presença de membros de organizadas.
Depois, Lopes passou a palavra a Bandeira de Mello:
– Respeitamos a decisão do juiz assinamos um documento pedindo a ele a reconsideração desa decisão. Isso é embasado em contatos com o policiamento, por isso mesmo entendemos que podemos realizar o jogo sábado no Engenhão. – Isso nos dá uma responsabilidade muito grande, endossando uma posição de que não haverá violência como está acontecendo, e estamos reunidos para fazer um apelo dramático num apelo dramático pela paz nos estádios. Somos adversários, mas não somos inimigos. Vamos continuar com as brincadeiras, a rivalidade saudável. Defendemos a punição das pessoas físicas, mas que os clubes não tem responsabilidade.
Depois de Bandeira de Mello, quem falou foi Abad:
– Entendo como inadmissível dois familiares não poderem torcer em espaços mistos. Não é possível que a gente não possa replicar isso para todo mundo – afirmou Pedro Abad. Ele repetiu o pedido de Bandeira de Mello às autoridades policiais, que cobrou punição àqueles indivíduos que cometam atos contrários ao Código Penal.
Eurico Miranda foi o último dos presidentes a falar.
– Resumindo, nós estamos esperando a reversão, ou a reconsideração de uma decisão que foi tomada em relação á torcida única. foi apresentado pela polícia militar que haverá total garantia a duas torcidas. E nós vamos esperar isso até o último minuto. Se nós todos estamos unânimes aqui contra uma decisão de torcida única, a verdade é que se assume uma responsabilidade grande. Como presidentes de clubes de massa, nós temos a obrigação de fazer apelo aos nosso torcedores. E a torcida organizada tem obrigação de expurgar esses elementos criminosos de suas fileiras – afirmou Eurico Miranda.