BRASÍLIA – Os serviços de apoio (como contratação temporária, terceirização, limpeza e vigilância) foram os principais responsáveis pelos gastos de custeio administrativo do governo federal em 2016. Segundo boletim divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério do Planejamento, essas despesas somaram R$ 14,9 bilhões e ocuparam 42% do total. Em segundo lugar na lista ficaram os desembolsos com material de consumo (combustíveis, alimentação e material de expediente), R$ 4,8 bilhões (14% do total), seguidos por comunicação e processamento de dados, R$ 4 bilhões (11%).
Os gastos com diárias somaram R$ 1,15 bilhão e com passagens R$ 566,3 milhões, em 2016. O governo também desembolsou R$ 2,8 bilhões com locação e conservação de bens imóveis, R$ 2,6 bilhões com energia e água e R$ 2 bilhões com locação e conservação de bens móveis. No total, as despesas com custeio administrativo somaram R$ 34,9 bilhões.
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, destacou que esses gastos tiveram uma queda real (descontada a inflação) de 2,6% em relação a 2015. As maiores reduções ocorreram nas rubricas de passagens (-20,5%), locação e conservação de imóveis (-6,3%) e serviços de apoio (-5,8%).
Ele lembrou que o nível das despesas de 2016 foi o mais baixo da série histórica iniciada em 2011:
? Estamos no menor nível da série histórica, o que revela o esforço em conter despesas de funcionamento, que continuará este ano ? disse ele, acrescentando que o governo vai publicar em breve uma portaria limitando as despesas de custeio para cada órgão público.
Ele adiantou que o governo vai mudar a forma de compra de energia elétrica para enxugar gastos. Hoje, ele paga por esse serviço como um consumidor individual o que aumenta muito os custos. Agora, a ideia é que o governo federal passe a adquirir energia no mercado livre, o que permite uma negociação com mais de uma geradora e reduz os preços. A ideia é conseguir uma queda de 20%. Isso deve ocorrer a partir do segundo semestre de 2017.
Perguntado sobre o impacto da criação de novos ministérios pelo presidente Michel Temer, Oliveira explicou que as pastas saíram de órgãos já existentes e, portanto, não terão impacto significativo para o Orçamento.