MONTEVIDÉU ? Um livro utilizado em algumas escolas particulares uruguaias gerou críticas por recorrer à aldeia dos Smurfs para explicar o sistema comunista. A polêmica será discutida na semana que vem por autoridades, informou nesta terça-feira um porta-voz do setor educativo.
Na sociedade comunista, assim como na aldeia dos Smurfs, ?ninguém passa fome? e ?todos têm casas?, aponta o texto Uy-XX, da editora Índice, concebido para alunos do sexto ano do ensino fundamental.
Na aldeia dos personagens azuis de desenho animado, ?o poço de água é para uso coletivo, não é de ninguém e é de todos?.
?Todos têm obrigações com a comunidade, por exemplo, se encarregam daquilo que sabem fazer. O Smurf cozinheiro cozinhará, o Smurf carpinteiro consertará o que quebrar, e assim cada um da comunidade oferece seu trabalho e recebe o trabalho dos demais. O comunismo poderia ser uma situação similar?, continua o texto.
De acordo com o porta-voz da Administração Nacional de Educação Pública do Uruguai (Anep), o livro não faz parte dos textos de educação pública. Ainda assim, é sugerido na bibliografia de vários colégios particulares.
Na reunião da próxima terça-feira, representantes da Anep analisarão ?uma futura estratégia relacionada a este tipo de publicações? e seus conteúdos.