A ex-saltadora russa Yelena Isinbayeva, bicampeã olímpica de salto com vara, foi escolhida para chefiar um comitê de nove pessoas que será responsável por supervisionar a Agência Anti-Doping da Rússia (Rusada). A informação foi divulgada pela própria Rusada, em comunicado, nesta quarta-feira.
O comitê que será liderado por Isinbayeva contará com mais oito membros. A lista de participantes, segundo a Rusada, incluirá dirigentes esportivos, acadêmicos e um representante do Ministério do Esporte da Rússia.
Atualmente, a Rusada busca recuperar seu credenciamento junto à Agência Mundial Anti-Doping (Wada, na sigla em inglês). A Rusada foi suspensa em 2015 devido a problemas crônicos no controle de substâncias proibidas, além de suspeitas de ser conivente com um programa de dopagem coordenado pelo governo russo.
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A indicação de Isinbayeva para chefiar o comitê responsável pela supervisão da Rusada pode gerar atritos com a Wada. A ex-saltadora russa fez duras críticas à Wada e também ao Comitê Olimpico Internacional (COI), nos meses anteriores à Olimpíada do Rio, devido à proibição de que atletas da Rússia participassem de competições internacionais.
A própria Isinbayeva acabou vetada na Rio-2016 e não conseguiu, portanto, brigar pela sua quarta medalha olímpica. A atleta russa, atualmente com 34 anos, conquistou medalhas de ouro em Atenas-2004 e Pequim-2008, além de um bronze em Londres-2012. Durante os Jogos do Rio, Isinbayeva anunciou sua aposentadoria das pistas.
Na ocasião, a russa havia acabado de ser eleita para a Comissão de Atletas do COI e disse que perdoava os responsáveis pelo veto de atletas russos na Olimpíada do Rio. Mesmo assim, Isinbayeva manteve tom de crítica ao dizer que as medalhas do atletismo “não seriam autênticas” sem a participação da Rússia.
