Saúde

Diabetes: Saúde reforça a importância da prevenção e controle no dia mundial

Diabetes: Saúde reforça a importância da prevenção e controle no dia mundial

No Dia Mundial do Diabetes Mellitus, ontem (14) a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) chamou a atenção dos paranaenses para a importância de prevenir e controlar a doença que não escolhe idade para ocorrer. O tema adotado para as campanhas que iniciaram em 2021 e terminam neste ano de 2023 é “Acesso aos Cuidados do Diabetes”.

O Diabetes Mellitus é causado pela produção insuficiente ou resistência à ação da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e responsável por metabolizar a glicose transformando-a em energia para a manutenção do funcionamento do nosso corpo. Isso provoca altas taxas de açúcar no sangue, que á a hiperglicemia, de forma permanente. Esse aumento dos níveis de glicemia pode levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos.

De acordo a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) de 2019, que é a mais recente divulgada pelo Ministério da Saúde, o Diabetes Mellitus atinge 7,7% dos brasileiros entrevistados, sendo mais frequente entre as mulheres, cerca de 8,4% do que nos homens, uma média 6,9%. A incidência tende a ser maior com o aumento da idade, com 19,9% entre pessoas com 60 a 74 anos e 21,1% entre indivíduos com 75 anos ou mais.

No Paraná essa prevalência em pessoas com idade superior a 18 anos passou de 5,8%, em 2013, para 7,7% em 2019, segundo os dados da PNS. O que significa que em torno de 881 mil paranaenses apresentam o diagnóstico da doença. Diversas situações e condições podem desencadear o diabetes, sendo que a maioria dos casos é classificada em Diabetes Tipo 1, Diabetes Tipo 2 e Diabetes Gestacional. A identificação do tipo é fundamental para o tratamento adequado.

Diferenças

O Diabetes Tipo 1 se dá quando o próprio sistema imunológico ataca e destrói as células produtoras de insulina. Ocorre de forma mais frequente em jovens e crianças. Por esse motivo, o diagnóstico costuma ser feito na infância e adolescência. O tratamento farmacológico para este tipo, previsto no SUS, envolve medicamentos cujo acesso se dá pelo Componente Básico da Assistência Farmacêutica.

A diabetes tipo 2 é caracterizada por resistência à insulina e deficiência parcial de secreção de insulina pelas células pancreáticas, além de alterações na secreção. Esse tipo ocorre em cerca de 90% das pessoas com diabetes, sendo frequentemente associado à obesidade e ao envelhecimento.

Existe ainda a diabetes gestacional que é decorrente das mudanças hormonais, a ação da insulina pode ser reduzida durante a gestação, condição que não persiste após o parto. Existe ainda a pré-diabetes, condição caracterizada pelo nível de açúcar no sangue acima do normal, mas não o suficiente para ser diagnosticado como diabetes. Serve de alerta, pois indica um risco grande de progressão da doença. É fundamental que a gestante inicie o pré-natal o quanto antes para a identificação precoce e acompanhamento.

Atendimento

O atendimento pode ser feito pelo o SUS (Sistema Único de Saúde), sendo que o acompanhamento é realizado nas Unidades Básicas de Saúde, onde tem seu risco estratificado e o cuidado em saúde é compartilhado com a atenção ambulatorial especializada, conforme a necessidade. De janeiro a setembro deste ano, foram registrados no Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica um total de 20.124.231 atendimentos a pessoas com diagnóstico de diabetes no Paraná. Para o mesmo período de 2022 houve 15.531.745 registros, o que demonstra o aumento do atendimento.

Prevenção fundamental

É importante manter hábitos saudáveis, incluindo uma vida com atividade física e a alimentação adequada, aliados no controle e na prevenção de diversas doenças crônicas, entre elas o diabetes. Manter o peso corporal adequado também é um fator relevante para prevenção. De acordo com a coordenadora de Promoção da Saúde da Sesa, Elaine Cristina Vieira, para o controle da glicemia e do peso corporal é necessário manter uma rotina alimentar baseada em alimentos in natura ou minimamente processados, que incluem os vegetais, grãos e carnes, evitando o consumo de alimentos ultraprocessados, pois esses são ricos em açúcar, sal, gorduras e aditivos. “A prática regular de atividades físicas também melhora o controle glicêmico, além de reduzir os fatores de risco cardiovascular, contribuir para a perda de peso e aumentar a sensação de bem-estar”, concluiu Elaine.

Foto AEN