Cotidiano

Menina americana teria sido morta em ataque dos EUA contra jihadistas

720.jpgWASHINGTON – A primeira operação antiterror dos EUA aprovada em pessoa pelo presidente Donald Trump, que supostamente matou 14 jihadistas da al-Qaeda no Iêmen e um soldado americano, pode ter matado também uma menina americana de apenas 8 anos, admitiu o Exército ao jornal “The Guardian”. A operação do Comando de Operações Especiais Conjuntas é alvo de um inquérito preliminar.

De acordo com o coronel John Thomas, porta-voz do Comando Central dos EUA, o planejamento da operação vinha ocorrendo há meses, mas o lançamento não havia sido aprovado por falhas internas não reveladas. O presidente Trump deu aval posteriormente ao ataque contra membros da al-Qaeda na Península Arábica.

Uma fonte iemenita havia anunciado a morte de pelo menos 41 supostos membros da al-Qaeda, incluindo vários líderes, e 16 civis, oito mulheres e oito crianças. Os dados não foram confirmados por fontes militares.

Thomas confirmou ter recebido relatos de que uma menina de 8 anos, Nawar al-Awlaki, havia sido morta também ? a família denunciou o ataque. Ele afirmou que o comando militar não tinha qualquer conhecimento de que a menina estaria no local atingido.

Nawar é filha do propagandista da al-Qaeda Anwar al-Awlaki, um cidadão americano morto num ataque com drone em setembro de 2011. Seu filho Abdulrahman também foi morto num ataque a drone em 2011.

? Não temos ciência de se foi identificado um corpo de uma menina na cena do ataque ? disse Thomas.

Ao “Guardian”, o avô de Nawar, Nasser (ex-ministro iemenita), disse não acreditar que o ataque tivesse mirado na menina. Ele relatou que ela foi baleada no pescoço. De acordo com ele, a operação militar mirou na verdade em milícias tribais que lutam na guerra civil do país, não na al-Qaeda.

? Não consigo entender por que motivo os americanos usaram este ataque de alto comando, semelhante ao que matou Osama bin Laden, num vilarejo do Iêmen ? disse ele.