Cotidiano

De surpresa, Trump homenageia militar morto em operação antiterror

WASHINGTON – O presidente Donald Trump deixou as imediações de Washington pela primeira vez na Presidência para prestar condolências diante do caixão do militar William Owens, SEAL da Marinha morto na primeira operação antiterrorismo lançada pelo novo governo americano, no Iêmen. Ataque Iêmen

De surpresa, Trump foi à base aérea Dover, em Delaware, junto à filha Ivanka e ao senador democrata Chris Coons num helicóptero presidencial. No local, se despede do caixão de Owens, morto ao ser baleado por jihadistas da al-Qaeda na operação. Trump já havia ligado para a viúva de Owens e oferecido condolências a ela, à família e aos três filhos do militar.

Não é hábito que os presidentes visitem as cerimônias de transferência dos caixões de americanos mortos em combate. Barack Obama, no entanto, participou de algumas ? dentre as quais, quando recebeu as vítimas do ataque ao consulado americano em Benghazi (Líbia), atacado em 2012.

A operação, que supostamente matou 14 jihadistas da al-Qaeda no Iêmen, pode ter matado também uma menina americana de apenas 8 anos, admitiu o Exército ao jornal “The Guardian”. A operação do Comando de Operações Especiais Conjuntas é alvo de um inquérito preliminar, procedimento de rotina após fatalidades envolvendo militares do próprio país.

A menina de 8 anos Nawar al-Awlaki teria sido baleada no pescoço, segundo sua família. Ela é filha do propagandista da al-Qaeda Anwar al-Awlaki, um cidadão americano morto num ataque com drone em setembro de 2011. Seu filho Abdulrahman também foi morto num ataque a drone em 2011.

Ao “Guardian”, o avô de Nawar, Nasser (ex-ministro iemenita), disse não acreditar que o ataque tivesse mirado na menina. De acordo com ele, a operação militar focou na verdade em milícias tribais que lutam na guerra civil do país, não na al-Qaeda.

? Não consigo entender por que motivo os americanos usaram este ataque de alto comando, semelhante ao que matou Osama bin Laden, num vilarejo do Iêmen ? disse ele.