Opinião

É preciso honrar a parceria anterior

Amparar
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“Ambos os parceiros vivem a segunda parceria à sombra da primeira, mesmo que o antigo cônjuge já tenha falecido. Por essa razão, o segundo amor só logra êxito quando o vínculo com o primeiro é reconhecido e valorizado, quando os novos parceiros compreendem que sucedem aos anteriores e ficam em débito para com eles” (Bert Hellinger)

Hellinger nos chama a atenção a um ponto ao qual poderíamos designar “processamento do vínculo”. Trata-se da necessidade sentida pela alma da pessoa de o vínculo com o parceiro anterior ter de ser plenamente respeitado.

“Respeitar o vínculo anterior” significa que os novos parceiros precisam reconhecer que estão “subordinados” aos antigos e têm uma espécie de “dívida” em relação a eles. De qual “dívida” se trata? A dívida que nasce do fato de os parceiros deverem sua parceria atual ao fracasso do relacionamento anterior e, portanto, a tem à custa dos ex-parceiros.

Quando um casal se separa e estabelece um novo relacionamento, precisa estar consciente da necessidade de ter de honrar o cônjuge anterior de seu novo parceiro. Honrar significa que deve curvar-se interiormente a ele e agradecer-lhe por haver liberado a esposa ou o marido para que pudesse firmar um novo relacionamento.

O que acontece quando um vínculo é rompido e um novo vínculo é firmado e se em vez de reconhecer e honrar os ex-parceiros se guarda raiva e rancor em relação a eles? A experiência mostra que esta é a “receita” perfeita para o fracasso do novo vínculo.

No entanto, as consequências não se encerram ali. Elas muitas vezes recaem sobre os filhos, os quais acabam assumindo sobre si o peso do ex-parceiro não reconhecido.

Muitas vezes a raiva inexplicável que um filho sente é devida à identificação dele com um ex-parceiro não honrado pelos pais. Em tal situação, o filho, para dar valor a todos, busca inconscientemente o equilíbrio entre ganhos e perdas, ao mesmo tempo em que corre o risco de se perder a si mesmo. Essa perda de si mesmo pode assumir diferentes formas: fracasso na vida profissional, dificuldades de manter um relacionamento, o desenvolvimento de diferentes doenças, tristeza profunda e depressão, entre tantos outros.

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JOSÉ LUIZ AMES E ROSANA MARCELINO são consteladores familiares e terapeutas sistêmicos e conduzem a Amparar

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