Opinião

Como superar a dor da separação?

Amparar
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“Quando ambos os parceiros se permitem sentir a dor por aquilo que correu mal, eles poderão mais tarde conversar bem um com o outro. Num divórcio é muito importante que ambos tenham chorado e sentido essa dor profunda” (Bert Hellinger).

Como, de forma prática, o casal pode proceder para assumir conjuntamente a dor da separação? A melhor maneira de fazer isso é ambos fecharem os olhos e se perguntar: “O que foi bom com meu marido; o que foi bom com minha esposa?”.

Por vezes, especialmente quando o processo de separação é muito traumático, pode acontecer de os parceiros não conseguirem identificar o bom vivido durante o relacionamento. Neste caso, ajuda olhar para trás, para o início do enamoramento. Reavivar os primeiros encontros e aquilo que os moveu na direção um do outro, fazer aquela fagulha de admiração e respeito se expandir no peito, para, em seguida, tomar a decisão consciente de que o melhor caminho é a retirada. Reconhecer que o tempo de permanecer juntos se completou.

Uma vez tendo conseguido reconhecer o bom do relacionamento vivido, cada parceiro deixa vir à consciência as belas imagens internas do bom e valioso vividos durante a relação e se rende à dor. Em um momento seguinte toma esse valioso consigo para o futuro como presente do seu parceiro ou de sua parceira.

Aquele que olha para o positivo consegue se separar do outro na alma. Aquele, porém, que olha unicamente para a culpabilidade permanece ligado ao ex-parceiro e bloqueia seu próprio caminho para um futuro novo.

Aqueles que não conseguem liberar-se dos sentimentos de raiva e vingança em relação ao parceiro, ou vivem da autopiedade pela separação, dificilmente têm chances de se envolverem em nova parceria.

Na separação, perdoar-se um ao outro ajuda ao casal a se olhar nos olhos e a se perdoar por tudo aquilo que causou dor e sofrimento um ao outro. Isso liberará mais rapidamente a ambos para o futuro seguindo o fluxo da vida.

Bert Hellinger aconselha que cada cônjuge olhe ao outro nos olhos e diga: “Tomo o que você me deu. Foi muito, o honrarei e o levarei comigo. Aquilo que dei a você o dei com prazer; pode ficar com ele e lembrar disso com amor. Assumo minha parte da responsabilidade por aquilo que não deu certo conosco e deixo com você a sua. E agora deixo você em paz”

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JOSÉ LUIZ AMES E ROSANA MARCELINO são consteladores familiares e terapeutas sistêmicos e conduzem a Amparar

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