“A adoção é algo difícil para todos que participam dela e torna-se um destino comum para eles, através do qual ficam mais humanos, mais amorosos, mais incluídos, mais humildes e grandes” (Bert Hellinger)
Quando se trata de adoção, Hellinger traça uma nítida distinção entre uma “adoção responsável” e uma “adoção leviana”. Para saber se estamos diante da primeira ou da segunda é preciso olhar para os motivos que levaram à adoção: quando o bem da criança está em primeiro lugar, a adoção é responsável; quando é o interesse próprio que motiva a pessoa temos uma adoção leviana.
Quando um casal se decide a adotar uma criança olhando para o bem-estar dela, quando busca oferecer a ela condições de desenvolver-se que ela não encontraria se não fosse adotada, a adoção tem boas chances de ser bem-sucedida.
Neste caso os pais que acolhem a criança podem estar seguros de ocupar o lugar correto, explica Hellinger: suprem os pais para a criança, ajudando a levar ao bom termo o que aqueles não puderam realizar. Cumprem uma função importante, mas na condição de representantes ocupam o segundo lugar.
Primeiro vêm os pais biológicos, como quer que sejam e independente do que tenham feito. Quando se respeita esta ordem, o filho adotivo pode respeitar os pais adotivos e tomar o que deles recebe. Aqui está o ponto essencial: no centro deve estar o bem da criança.
Quem decide adotar se coloca na condição de cuidador. Por isso, é importante que, antes de decidir-se por adotar uma criança, o casal se questione com honestidade sobre a motivação. Se constatar que existem motivos que visam o benefício próprio, a criança fica em segundo lugar. Isso fica em geral muito claro no caso dos casais que estabelecem os critérios para adotar uma criança: idade, cor, etnia, estado de saúde, etc.
É preciso que os pais adotivos se vejam como substitutos dos pais biológicos, isto é, como aqueles que estão ali no lugar deles. Isso implica em que devem respeitá-los, pouco importa o que sejam ou o que tenham feito. Quando os pais adotivos se colocam nessa posição, a adoção se torna uma oportunidade para tornar-se mais humano, mais amoroso e mais humilde.
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JOSÉ LUIZ AMES E ROSANA MARCELINO são consteladores familiares e terapeutas sistêmicos e conduzem a Amparar
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