Curitiba – Prefeitas, vice-prefeitas, vereadoras, secretárias municipais e primeiras-damas de todo o Paraná se reuniram, ontem (2), no Palácio Iguaçu, para o encontro “Mulheres em movimento – rompendo barreiras e transformando a política”, que busca incentivar a participação feminina na política e em cargos de decisão.
O evento foi promovido pelo Governo do Estado, em parceria com o Movimento Mulheres Municipalistas, braço feminino da CNM (Confederação Nacional de Municípios) e da AMP (Associação dos Municípios do Paraná). Realizado até então de forma regional, esta é a primeira vez que o encontro reúne mulheres de todo o Estado.
A primeira-dama Luciana Saito Massa falou sobre a importância de as mulheres ocuparem cada vez mais espaços de liderança no Estado. “Não queremos ser números, mas queremos mulheres determinadas, empoderadas, fortes, que entrem na política com vontade para fazer a diferença na vida da população”, disse.
“Reunimos as líderes políticas do Paraná para fazer com que as políticas públicas cheguem às mulheres de todo o Estado. Mas, principalmente, para fazer com que mais mulheres estejam nos espaços de decisão. Queremos uma sociedade mais justa e igualitária, e isso passa pela ampliação de espaços para as mulheres”, ressaltou Suzie Pucillo, prefeita de Astorga e presidente do Movimento Mulheres Municipalistas no Paraná.
O movimento foi lançado no Estado em janeiro de 2022, baseado em uma iniciativa que começou no Brasil em 2017. “O tema do nosso evento é para lembrar a todas nós que somos capazes, que podemos buscar o sonho e transformar a política e a vida das pessoas, para fazer com que as coisas fluam melhor”, completou Suzie.
MUITO A AVANÇAR
A secretária estadual da Mulher e Igualdade Racial, Leandre Dal Ponte, destacou que apesar de as mulheres estarem à frente de políticas importantes em suas cidades e ganharem cada vez mais protagonismo, ainda há muito o que avançar. Ela lembrou que, mesmo com a eleição da maior bancada feminina da história, a Assembleia Legislativa do Paraná conta com apenas 10 deputadas entre 54 eleitos. Entre os 4.644 vereadores eleitos nos 399 municípios do Estado, apenas 579 são mulheres. E na Câmara dos Deputados, entre os 513 parlamentares, 91 são mulheres.
“Para efetivar na prática aquilo que a lei determina, de ter igualdade entre homens e mulheres, é preciso promover a equidade, ampliar a participação feminina para que todos tenham acesso às mesmas oportunidades”, disse. “Se tivéssemos paridade nas câmaras, nas assembleias legislativas e no Congresso Nacional, as leis que estaríamos votando não seriam as mesmas, as discussões e as prioridades do Brasil não seriam as mesmas”.
A secretária anunciou que a pasta vai promover neste ano encontros regionais de mulheres, em parceria com os municípios, para discutir a criação de políticas para as mulheres de forma transversal e intersetorial. “A ideia é prestar orientações sobre os programas do Governo do Estado voltados para as mulheres, para que todas as cidadãs paranaenses tenham acesso aos serviços e políticas do Estado, com o objetivo de fomentar o protagonismo feminino e fomentar todas as formas de violência”, explicou.
ENCONTRO
Além de discussões entre as lideranças femininas, o evento contou com palestras da mestre em Direito e neurocientista política, Jeanine Cristiane Benkenstein, falando sobre “A NeuroPolítica como ferramenta para o fortalecimento do movimento das mulheres em suas cidades”, e da presidente do Iprade (Instituto Paranaense de Direito Eleitoral), Ana Carolina Clève, que abordou o tema “Mulheres na política: inovações legislativas e jurisprudência recente”.
Foto: Isis Oliveira/SEMI
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Paraná capacitou mais de 34 mil pais e educadores sobre cuidados ao autista
Curitiba – O Governo do Estado oferta desde 2021 a capacitação multiprofissional em ABA (Análise do Comportamento) voltada ao TEA (Transtorno do Espectro do Autismo). O treinamento, que ocorre de maneira virtual por meio da Escola de Saúde Pública do Paraná (Espp), é direcionado para pais e cuidadores e, qualificou, até ontem (2), 34.204 alunos.
Buscando expandir o cuidado e o manejo da pessoa com suspeita ou diagnóstico de TEA, o curso possui uma carga de 20 horas, abordando desde a categorização e definição do autismo, até metodologias e atividades para aplicar no dia a dia, como aprendizagem através de brincadeiras. A produção dos cursos teve a parceria da instituição americana Scott Center for Autism Treatment/Florida Institute of Technology. O treinamento é totalmente gratuito.