Cascavel – Um projeto social para capacitação de mão de obra marca um novo tempo para a área têxtil de Cascavel. Esta é a marcado Centro de Desenvolvimento Polo Têxtil, instalado ao lado do Terminal Nordeste, na Rua Ghandi, no bairro Brasmadeira. A primeira unidade de Cascavel leva o nome de Adriana Maria de Souza, servidora da Agência do Trabalhador que faleceu em janeiro deste ano. As aulas da primeira turma do curso de operador de máquina, que será composta por 20 alunos, iniciam já na manhã de quinta-feira (16).
A proposta do espaço é proporcionar capacitação de mão de obra qualificada, por meio de um projeto social, visando dar oportunidade às pessoas que estão em situação de vulnerabilidade. O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, disse que a ideia é expandir o projeto e construir outras unidades, sempre ao lado dos terminais de transbordo, mas que isso, vai depender da demanda de cursos.
Ele lembrou que a Secretaria Municipal de Assistência Social atende a um número grande de pessoas em situação de vulnerabilidade social e que recebem auxílio do Cartão Promover, que pode chegar a R$ 300 dependendo da composição familiar, mas que o programa traz uma obrigatoriedade às pessoas inseridas: participar de cursos profissionalizantes.
“Nós não queremos eternizar essas pessoas com cartão, ele precisa ser temporário, rotativo. Então aqui será um laboratório de capacitação das pessoas para que elas saiam dessa demanda, dessa necessidade, dando oportunidade a outras pessoas”, destacou Paranhos, completando ainda que quem tiver interesse pode ir diretamente ao local para fazer a sua inscrição de forma gratuita.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico, Hivonete Piccoli, o polo têxtil foi criado a partir do Comitê Gestor, atendendo a uma demanda da indústria. “Nós faremos a partir do polo têxtil a capacitação de pessoas que queiram trabalhar, seja inserida no mercado de trabalho ou sendo o próprio dono do seu negócio, como empreendedora”, explicou. Além disso, linhas de crédito serão oferecidas para aqueles que quiserem empreender.
O secretário de Assistência Social, Hudson Moreschi Júnior, disse que a previsão é de que a cada 30 dias uma nova turma seja formada e que os encaminhamentos serão feitos por meio dos Cras (Centro de Referência e Assistência Social). “Incentivamos essas pessoas a procurarem o polo têxtil para se capacitar, se formar e gerar renda e emprego da maneira mais digna possível”, afirmou Hudson.
Acic
A construção do espaço vinha sendo estudada desde 2018, mas desacelerou com a pandemia. A demanda para a criação nasceu no antigo Núcleo Setorial de Uniformes da Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), agora denominado Núcleo de Confecção Têxtil da cidade. Dados iniciais apontam que a cidade tem cerca de 2 mil faccionistas, profissional que presta serviços terceirizados às oficinas de costuras ou grandes confecções formais e mais de 3 mil que trabalham na informalidade.
O presidente da Acic, Genésio Pegoraro, lembrou que a entidade participou das discussões desde o primeiro encontro para construir o polo. “Apoiamos, incentivamos e acompanhamos tudo o que foi possível porque entendemos que é isso que nós precisamos, buscar nas pessoas a qualificação para que elas estejam aptas e preparadas para o mercado de trabalho”, frisou Pegoraro.
Foto: Secom
