Não é de hoje que uma das reclamações mais recorrentes em Cascavel é a condição da malha asfáltica. “Velho”, o pavimento fica mais deteriorado a cada chuva, com buracos espalhados pelas vias e comprometimento estrutural que somente a operação “tapa-buracos” não resolve. Por conta disso, a Sesop (Secretaria Municipal de Serviços e Obras Públicas) está com frentes de trabalho em vários pontos da cidade e na segunda-feira (28) iniciam mais as obras na Avenida Rocha Pombo.
Sandro Rocha Rancy, secretário da Sesop conversou com a imprensa na sexta-feira (25) e falou sobre as principais obras de revitalização traçadas pela administração municipal.
Na Avenida Rocha Pombo, principal corredor de acesso ao Lago Municipal e ao Centro de Convenções e Eventos, neste primeiro momento, o trecho dos trabalhos será entre a rotatória do lago e a Avenida Estados Unidos. Nesta primeira fase da obra será feita a demolição do pavimento e parte da drenagem e, por isso, uma pista será bloqueada e a outra estará livre para o trânsito e, posteriormente, o fluxo será invertido.
Para que esse serviço seja feito, a previsão é de pelo menos 20 dias de interdição parcial, dependendo das condições climáticas. A obra completa prevê a execução de 48,6 mil metros quadrados de pavimentação asfáltica, no trecho entre Avenida Valdemar Casagrande e a marginal da BR-467. Além disso, pelo mesmo contrato, será feita a melhoria da Avenida Olindo Perilo, entre a Rocha Pombo e a Rua Laranjeiras do Sul. O investimento é de R$ 7,7 milhões e o prazo total é de 270 dias.
A duplicação da Avenida Olindo Periolo também está com a obra bem adiantada, disse Rancy. Ela iniciou em julho, com custo de cerca de R$ 2,5 milhões. “A drenagem já foi concluída, ação que em toda obra procuramos melhorar a drenagem facilitando o escoamento da água da chuva”, falou.
“Bem antigo”
Segundo Sandro Rancy, a Rocha Pombo tem um asfalto bem antigo que já está degradado e, por isso, alguns trechos receberão, além do recape, uma nova capa asfáltica. “Para que a empresa possa trabalhar, faremos uma sinalização provisória, transformando essa pista única em mão dupla; uma forma de acelerar a obra, mas por isso, pedimos que os motoristas fiquem atentos ao trafegarem na via, tendo uma atenção redobrada”, reforçou.
O secretário lembrou ainda que a cidade tem um total de 10 milhões de metros quadrados de pavimentação asfáltica e que, para alguns pontos o tapa-buraco está sendo descartado e a solução é fazer o “micro revestimento”.
Mais R$ 8,7 mi
Outra via que está recebendo esse tipo de obra, iniciada nesta semana, são as ruas Minas Gerais e Antonina. A obra tem valor de R$ 8,7 milhões e a previsão inicial é de 6 meses de obras. “Temos um problema de escoamento nessa região. Na próxima semana vamos começar a puxar os equipamentos e a tubulação para melhorar a drenagem. Temos muitos prédios residenciais; vamos buscar soluções para que os moradores consigam sair e voltar para casa tranquilos”, salientou Rancy.
Região Oeste
Na região Oeste da cidade uma obra que chama bastante a atenção é a da Rua Recife. Esta semana dois trechos bastantes conhecidos, próximos do Paço Municipal tiveram o asfalto totalmente arrancados, mantendo o sistema de revitalização “quadra a quadra”. O valor total é de cerca de R$ 6 milhões, com prazo de oito meses para conclusão. “Já foram executados cerca de 10%, ainda na fase inicial, mas fazendo por quadra já que a via é bastante utilizada e liga a Região Oeste a Central”, disse o secretário, lembrando ainda que duas ruas já foram concluídas: a Rio de Janeiro e Santa Catarina, faltando apenas a sinalização.
As próximas vias a receberem as máquinas que já estão com contratos assinados, são a Presidente Kennedy, Marechal Rondon e a Rua Visconde de Guarapuava. Também há obras no interior do Município; no distrito de Luzinópolis a rua principal recebeu melhorias no valor de R$ 1,35 milhões. Lá a conclusão está prevista para dezembro, já que faltam alguns detalhes de sinalização e placas de trânsito.
Obras no Lago Azul e Tarumã serão retomadas
Duas obras que continuam dando “dor de cabeça” para a Sesop e que, segundo o secretário Sandro Rancy, terão continuidade no começo de dezembro, mesmo depois de tantas idas e vindas, são as dos bairros Lago Azul e do Tarumã. Ele explicou que desde o início da pandemia, o CAP (Cimento de Asfalto do Petróleo) teve aumento de quase 70%, mas nos últimos três meses os valores dos derivados do petróleo tiveram estabilidade. “Esse aumento prejudicou contratos já assinados e alguns ficaram inviáveis, necessitando de reequilíbrios financeiros, como nesses bairros”, esclareceu.
A pavimentação no Lago Azul exigiu reequilíbrio no valor de R$ 424,5 mil e no Tarumã o custo a mais chegou a R$ 417,2 mil. Aumentou o valor e novamente o fim do prazo da obra; no caso do Lago Azul, para o mês de maio de 2023. No Tarumã, 50% da obra já foi executada e a previsão da conclusão é em de abril de 2023. Neste bairro, a obra compreende 29 ruas.
Novos abrigos de ônibus
Outro contrato que foi impactado pela a pandemia foi a instalação dos novos 815 abrigos de ônibus, contrato que começou em fevereiro de 2020 e que tem cerca de 71% das obras concluídas. “Foi feito um reequilíbrio nesse contrato, que está no valor de R$ 17,5 milhões. Na Região Sul, 40 abrigos foram instalados e mais 65 abrigos estão com a construção em andamento. Uma carga de aço para 130 abrigos está chegando a Cascavel e esperamos estar com o contrato finalizado no mês de março de 2023”, explicou.