Brasília – Os partidos políticos e candidatos passaram a divulgar seus apoios a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou a Jair Bolsonaro (PL) para a disputa do 2º turno da eleição presidencial. Candidatos mais votados no 1º turno, o petista e o atual presidente se enfrentam em nova eleição no dia 30 de outubro.
No Paraná, senador eleito e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, declarou apoio a Bolsonaro no segundo turno. Durante a campanha eleitoral, o ex-juiz já havia adiantado que seria esse seu posicionamento em um eventual segundo turno entre os dois candidatos. “Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro”, escreveu Moro nas redes sociais.
Bolsonaro retribuiu o apoio e disse Moro deverá fazer um bom mandato como senador. Afirmou também que o passado é passado, sobre o rompimento entre Bolsonaro e Moro. “Passado é do passado, não tem contas a ajustar. Nós temos é que, cada vez mais, nos entendermos pra melhor servimos a nossa pátria. Ele mesmo, quando chegou aqui, como ministro não tinha nenhuma experiência política”.
O ex-procurador da República Deltan Dallagnol (Podemos), eleito deputado federal mais votado pelo Paraná já havia declarado apoio a Bolsonaro ainda na segunda-feira (3).
Minas e Rio
O governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema, também declarou apoio à candidatura à reeleição de Bolsonaro na Presidência. Os dois se reuniram na manhã de ontem (4) no Palácio da Alvorada, em Brasília. “Não poderia deixar, nesse momento, de estar aqui colocando nossas divergências de lado. Eu sempre dialoguei com o presidente Bolsonaro. Sabemos que em muitas coisas convergimos e em outras não, mas é o momento em que o Brasil precisa caminhar para frente e eu acredito muito mais na proposta do presidente Bolsonaro do que na proposta do adversário”, disse Zema.
De acordo com Bolsonaro, ele pretende ir, ao menos, três vezes a Minas Gerais, em agendas de campanha. Quem também endossou apoio à candidatura de Bolsonaro foi o governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que também se reuniu com Bolsonaro, em Brasília.
Com Lula
No início da tarde de ontem (4), o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, anunciou que o partido aprovou, por unanimidade, apoio à candidatura do ex-presidente Lula no segundo turno. O anúncio foi feito após reunião da Executiva nacional do partido. “A decisão foi unânime. Reunimos toda a executiva nacional do partido, e tomamos uma decisão unânime, sem um voto contrário, de apoiar o mais próximo da gente, que é a candidatura do Lula”.
De acordo com Lupi, a decisão foi endossada pelo candidato Ciro Gomes (PDT), que concorreu no primeiro turno. Algum tempo depois, Ciro Gomes se pronunciou confirmando que acompanharia a decisão do PDT e anunciou apoio crítico à candidatura de Lula. “Eu acompanho a decisão do meu partido, o PDT”, disse Ciro Gomes.
O candidato do partido à Presidência, Ciro Gomes, que ficou em quarto lugar no primeiro turno das eleições. Ciro teve pouco mais de 3% dos votos entre os eleitores que compareceram às urnas no último domingo (2), totalizando o apoio de 3,6 milhões de pessoas.
Também na tarde de ontem, o Partido Cidadania também anunciou apoio a candidatura de Lula para o segundo turno. No primeiro turno o Cidadania apoiou a candidatura de Simone Tebet (MDB), juntamente com o PSDB e Podemos.
Indefinidos
Expectativa para o posicionamento de outras siglas importantes, como MDB, que teve a candidata Simone Tebet concorrendo no primeiro turno, PSDB e Podemos que apoiaram a candidatura de Tebet e o União Brasil, da candidata Soraya Thronicke.
De acordo com informações de bastidores, o MDB deve liberar os diretórios estaduais para apoiar o candidato que desejar. Existem também especulações que Simone Tebet deverá apoiar a candidatura de Lula. O anúncio deverá ser realizado ainda nessa semana.
Outros partidos que ainda não se posicionaram sobre qual candidato apoiar no segundo turno: PMB, PMN, Patriota, PRTB, PTB, PSTU, PSD e UP.
Definidos
Após a disputa em 1º turno no domingo, parte das siglas já se posicionaram: o PSC decidiu apoiar a reeleição de Bolsonaro, o partido Novo se colocou contra Lula e o PT, mas abriu para seus filiados votarem conforme sua “consciência e princípios partidários”.
O Democracia Cristã (DC) do presidenciável Eymael decidiu liberar seus filiados no segundo turno da disputa à Presidência da República. O PSDB também liberou os diretórios estaduais. Em São Paulo, Rodrigo Garcia que foi candidato do PSDB a governador, declarou apoio ao Bolsonaro e Tarcísio de Freitas.
Foto: Arquivo/Agência Brasil